Parte da lama do governo paulista, a cargo do PSDB há 16 anos, está prestes a vir à tona. O Ministério Público de São Paulo passou a investigar a contratação da empresa do genro e da mãe do engenheiro e homem-bomba tucano Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, por um dos consórcios construtores do Rodoanel.
Parte da lama do governo paulista, a cargo do PSDB há 16 anos, está prestes a vir à tona. O Ministério Público de São Paulo passou a investigar a contratação da empresa do genro e da mãe do engenheiro e homem-bomba tucano Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, por um dos consórcios construtores do Rodoanel.
Tucano quer mudança no indexador. Ainda seguindo a linha "paz e amor" que o distancia da histeria ultradireitista de Serra, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrou ontem – "sem estresse" e "a médio prazo" – que a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) negocie com estados e municípios a dívida pública.
O Metrô de São Paulo assinou ontem a suspensão, por 120 dias, dos contratos da linha 5-lilás, suspeita de fraude e formação de cartel. A medida será oficializada no "Diário Oficial" de hoje, duas semanas após a Folha revelar que conhecia os vencedores da licitação com seis meses de antecedência.
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se reúne na manhã desta segunda-feira (8) com representantes do atual governo e integrantes da equipe de transição para tratar de orçamento e contas do Estado.
Apesar da derrota, ou por causa dela, José Serra alimenta a pretensão de se tornar presidente do PSDB na convenção que o partido realiza entre maio e junho de 2011. Seria a maneira de se manter vivo no jogo, contra a ameaça de se tornar um retrato na parede.
Passada uma semana das eleições presidenciais, o PSDB ainda sente os efeitos da ressaca da derrota. Atolado em dívidas que ultrapassam os R$ 20 milhões, o partido, em vez de juntar os cacos, afinar o discurso e marchar unido em oposição ao governo de Dilma Rousseff, mergulha numa crise interna resultante das feridas abertas durante a campanha.
Sócios em crise depois de três insucessos seguidos na disputa à Presidência da República, o PSDB e o DEM lutam para se reposicionar e ter mais força na arena política. Os incontáveis erros de campanha nas eleições 2010 — associados à derrota para uma candidata que eles insistiram em ver sempre como “um poste” — deflagraram o processo de autoflagelação.
O atual governador de São Paulo, Alberto Goldman, e o governador eleito, Geraldo Alckmin, iniciaram nesta quarta-feira (3) o processo de transição. Alckmin afirmou que dará continuidade aos mesmos princípios da atual administração e que poderá manter alguns dos secretários na nova gestão, mas não quis adiantar os nomes.
Se o homem é a sua circunstância, a circunstância de José Serra é São Paulo. É conhecido o orgulho do grande estado, com desenvolvimento econômico que supera o de numerosos países europeus, sua cultura cosmopolita, e a oportunidade de realização pessoal de muitos dos que procuram ali a sua sorte. Todas essas qualidades do povo de São Paulo distanciam o estado do resto do país.
Por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil
No baralho do futuro do PSDB, as cartas decisivas são o valete e a dama: Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff (PT). Se a presidente eleita no domingo for mal no governo, ela acirra uma disputa que os tucanos têm tudo para manter sobre controle, entre o senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves, e o candidato derrotado José Serra, que teria então um argumento para tentar voltar ao centro da cena em 2014 – “Eu falei que ela iria mal”.
Por Raymundo Costa, no Valor Econômico
"Não estou disposto mais a dar endosso a um PSDB que não defenda a sua história. Tem limites para isso, porque não dá certo. Tem de defender o que nós fizemos." É assim, sem meias palavras, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) cobrou lealdade dos líderes tucanos que se esqueceram completamente dele nesta eleição.