A bancada ruralista entregou ao vice presidente Michel Temer uma série de reivindicações, entre elas a paralisação e revisão das demarcações de Terras Indígenas e a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Por Márcio Santilli*, no Instituto Socioambiental
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o secretário-executivo do Cimi, Cléber Buzatto cobra ações mais efetivas na demarcação de terras indígenas que, segundo ele, é o elemento central da disputa com os ruralistas, e lamenta a redução do orçamento previsto para a Fundação Nacional do Índio (Funai). "Em vez de fortalecer o órgão indigenista, em vez de aumentar os recursos disponíveis para a solução dos problemas, o governo, ao contrário, reduziu drasticamente o orçamento para essas ações."
A Funai, em parceria com o Museu do Índio e a Unesco no Brasil, está desenvolvendo uma ação cujo objetivo é formar pesquisadores indígenas e não indígenas e criar arquivos digitais e centros de documentação em aldeias e museus, a fim de preservar a cultura e manter os idiomas indígenas vivos. Nesta segunda-feira (21), os kits do Programa de Documentação de Língua e Culturas Indígenas foram distribuídos em diversas aldeias.
Uma delegação de aproximadamente 100 representantes de índios guaranis dos povos Kaiowá, Mbyá e Nhandeva, e também Terena, Kaingang, Kinikinau, Atikum e Kadiwéu dos estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul se reuniram nesta quinta-feira (13) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Recebidos com cantos comemorativos e ladeados por uma corrente indígena que percorreu toda a aldeia, o governador Flávio Dino e o ministro da Sáude, Arthur Chioro, estiveram na tarde desta quarta-feira (13) na Região Tocantina para levar serviços de atenção básica a aldeias do Maranhão, que tem população aproximada de 30 mil indígenas.
Em ritual de batismo entre janeiro e dezembro, as crianças indígenas Guarani Mbyá recebem seus nomes. Na tradição, o nome define aptidões e fraquezas para a vida e livra os pequenos dos males, como doenças. Cenas dessa cerimônia foram apresentadas ao público neste doimingo (19), pela primeira vez, no documentário Arandu Ete – que significa sabedoria milenar na língua guarani –, do cineasta indígena Lucas Benites, no Museu do Índio, no Rio de Janeiro.
Entre as 30 recomendações que integrarão o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), três abordarão a questão indígena, disse nesta segunda-feira (3) Maria Rita Kehl, membro da comissão.
Terras Indígenas localizadas no Cerrado e Caatinga receberão investimentos de R$ 2,8 milhões para o apoio à elaboração de planos de gestão territorial e ambiental que devem contribuir para o combate ao desmatamento, à desertificação e para o incentivo ao uso sustentável da biodiversidade. As propostas deverão ser apresentadas até 17 de novembro.
A primeira Conferência dos Núcleos Comunitários Juvenis Vigentes e Reunião da Juventude Indígena (Converji) discutiu estratégias de desenvolvimento das políticas públicas na área. A atividade aconteceu no último fim de semana na comunidade de Campo Alegre, localizada a 68 km de Boa Vista (RR).
Será realizada entre os dias 7 e 11 de agosto, em Marechal Thaumaturgo (AC), a I Copa das Árvores. O evento será realizado em plena Floresta Amazônica, na Aldeia Kuntamanã, do povo kuntanawa. O objetivo é debater a sustentabilidade ambiental e a valorização e utilização dos conhecimentos tradicionais dos povos da floresta.
Pelo menos 53 índios foram assassinados durante o ano de 2013 em consequência de conflitos, diretos ou indiretos, pela disputa por terras. O dado faz parte do relatório sobre a violência contra os povos indígenas brasileiros que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou nesta quinta-feira (17), em Brasília.
“Aqui as crianças são da aldeia, não da escola e muito menos de nós, juruá (brancos). É um outro tempo: o tempo dos guarani mbya.” Essa foi a primeira instrução repassada para a RBA antes de entrarmos no Centro de Educação e Cultura Indígena da aldeia Krututu, a cerca de uma hora de Parelheiros, na zona sul de São Paulo. A escola é uma das três instituições de educação infantil indígena da cidade, que completam dez anos hoje (30), com a proposta de reafirmar e fortalecer a cultura dos índios.