Estou vendo várias pessoas compartilhando notícias sobre a “recuperação ambiental do planeta” com essa pandemia de coronavírus e alguns comentários chamaram a minha atenção e me preocuparam enquanto biólogo e progressista. Então, escrevi esse texto baseado nas minhas leituras e espero ajudar na construção de uma reflexão mais adequada dentro do cenário político-econômico-ambiental em meio de uma pandemia. Para isso, trarei à luz alguns conceitos complexos, mas importantes nesse contexto: racismo ambiental e capitaloceno.
Sinpro analisa “abertura de um termo circunstanciado de ocorrência e ajuizar uma ação trabalhista e também penal” contra diretora racista
Atingido por duas facadas em 20 de novembro, após reagir a ofensas racistas em Bauru, Juarez Xavier conta sua trajetória no jornalismo, no movimento negro e no meio acadêmico
Na madrugada de 1º de junho de 1921, uma multidão de brancos atacou moradores negros dentro de suas casas e em lojas no distrito de Greenwood, em Tulsa, Oklahoma. Considerado “o maior incidente de violência racial da História americana”, o Massacre de Tulsa ganhou os holofotes com o lançamento da série Watchmen, que estreou em outubro. Mas, ao assistir às cenas de abertura da série, muitos espectadores, inclusive americanos, se perguntaram se a história era real.
A nomeação do militante ultradireitista Sérgio Nascimento de Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares desencadeou uma onda de protestos nos meios políticos, ativistas e culturais. Nesta semana, após vir a público uma série de declarações racistas de Camargo, sua permanência no cargo se tornou insustentável. Nem mesmo o presidente Jair Bolsonaro – que também já fez apologia ao racismo – ousou defender o novo gestor.
Bolsonaro acaba de nomear para presidente da Fundação Palmares um desconhecido que atende pelo nome de Sérgio Camargo, que disse que não existe racismo no Brasil, que acha que deve ser extinto o Dia Nacional da Consciência Negra, que insulta Zumbi, Marielle, Martinho da Vila e figuras notáveis da resistência negra no Brasil, que é contra a apolítica de cotas e que acha que o movimento negro deve ser extinto.
Por Haroldo Lima*
O presidente Jair Bolsonaro indicou para a Fundação Cultural Palmares um militante de extrema-direita que nega haver “racismo real” no País. Sérgio Nascimento de Camargo, novo presidente do órgão responsável pela promoção da cultura afro-brasileira, diz que a escravidão foi “benéfica para os descendentes” e quer que o movimento negro seja “extinto”. Ele chama Gilberto Gil, Leci Brandão, Mano Brown e Emicida de “parasitas da raça negra”. E defende que “pretos sejam levados à força para a África”.
No país da ascensão da ultradireita, cujos políticos contestam dados que escancaram a desigualdade racial, os dados retratam a maior taxa de analfabetismo, os menores salários e a maioria das mortes violentas entre pretos e pardos
O professor universitário Juarez Xavier, 60 anos, dá aulas no curso de Jornalismo na Unesp desde 2011. Querido por estudantes e colegas da universidade, Juarez é aguerrido na militância da luta antirracista, tanto que coordena o Núcleo Negro da universidade. Na última quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra, o professor foi vítima de racismo e de agressão de um desconhecido.
O professor universitário e líder antirracista Juarez Xavier foi agredido com um canivete em Bauru (SP), nesta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra. Antes do ataque físico, Juarez – um dos fundadores da Unegro (União dos Negros pela Igualdade Racial) – foi chamado de “macaco” pelo agressor racista. Segundo a Polícia Militar, ele teve ferimentos superficiais, passou por atendimento médico e já teve alta. O agressor foi detido.
Parlamentares e artistas realizaram ato no Corredor de Exposições, para protestar contra ato racista do deputado Coronel Tadeu. Eles devolveram ao local de origem a placa arrancada de uma exposição, que denuncia o genocídio da população negra.
Por Walter Félix, do PCdoB na Câmara
Em entrevista a Santa Irene Lopes, a presidenta nacional da União dos Negros pela Igualdade Racial, Ângela Guimarães, conclamou população negra e não negra para a luta. Segundo Ângela, “o racismo não acaba com a abolição formal da escravidão, em 13 de maio de 1888. O racismo é uma marca constitutiva da formação histórica, social, econômica e cultural do Brasil”. Confira trechos da entrevista.