A cena política-midiática é incansável em oferecer farto material a desmerecer a seriedade que deveria, em tese, robustecer tanto a política quanto a mídia. A não-notícia da última semana foi a suposta confissão de Pepe Mujica de que Lula da Silva supostamente lhe teria confidenciado que sabia de tudo sobre o "Mensalão".
Por Daniel Quoist*
As revistas semanais da grande mídia golpista, especializadas em criar factoides para atender aos seus interesses, sofreram mais um revés. Desta vez foi a revista Época, que seguindo a trilha da Veja e as recomendações do tucano Fernando Henrique, lançou matéria de capa para dizer que Lula seria o “operador" de um esquema para favorecer grupos empresariais brasileiros junto ao BNDES.
A revista Época está querendo ocupar o lugar da Veja no ranking de mentiras publicadas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pelo menos é o que aponta a nota divulgada pelo Instituto Lula nesta segunda-feira (4), que reduz a pó a 'reportagem' de capa do semanário.
Com uma das reportagens mais canalhas dos últimos anos, Época bem que tentou, mas não conseguiu nem 30 segundos de Jornal Nacional. Trata-se da capa que retrata o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como "operador" de um esquema no BNDES para favorecer a construtora Odebrecht.
A Polícia Federal levou adiante, nesta quarta-feira (29), as investigações no âmbito da Operação Pavlova, que apura a prática de crimes financeiros por parte de executivos do Sistema RBS e das Organizações Globo.
Essa paródia foi produzida pelo Coletivo Enecos Bonde do Rio, em parceria com a Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social, como forma de descomemorar os 50 anos da Globo. Com apoio do Sindipetro-RJ.
No Brasil, grupos americanos trouxeram um modelo de negócios baseado na bandeira do anticomunismo e de alianças com as mais corruptas ditaduras do mundo. O avanço das telecomunicações e o desenvolvimento do micro ondas, abriram novas perspectivas para as redes de TV norte-americanas. Em fins dos anos 50 elas começaram a planejar sua expansão internacional, de olho na América Latina.
Por Luiz Nassif*, no Jornal GGN
"O Brasil possui uma comunicação eletrônica padronizada nos moldes mais atrasados, mais conservadores e sempre com propostas antipopulares. A Rede Globo não está aí por acaso, ela ocupou um espaço deixado de lado pelo Estado brasileiro desde a formação desse mercado", avaliou o pesquisador Laurindo Leal Filho, em entrevista à Rádio Vermelho, ao fazer balanço dos atos realizados contra a Rede Globo neste último dia 26 de abril.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho
O Tribunal de Ética e Disciplina do Colégio de Jornalistas do Chile aprovou nesta semana a expulsão de Augustín Edwards Eastman, 87 anos, proprietário do Grupo El Mercurio, que controla os jornais El Mercurio e La Segunda e outros veículos de comunicação no país. O poderoso império é parceiro da Globo no Grupo de Diários da América (GDA), que reúne os barões da mídia da América Latina.
Por Altamiro Borges*
A TV Globo estendeu as comemorações de seus 50 anos para a programação geral. O Jornal Nacional de segunda (27), quase todo tomado pela tragédia que atingiu o Nepal, foi contaminado pelo espírito da efeméride. Para a principal emissora do Brasil, mesmo numa situação-limite como os dramas que se abatem sobre o Nepal com o terremoto que deixou, até aqui, mais de 4 mil mortos, ainda sobra tempo e espaço para um pouco de autopromoção.
Por Luciano Martins*, publicado no Observatório da Imprensa
Os 50 anos da TV Globo foram lembrados ao longo da semana que passou e celebrados no domingo (26), com uma festa para centenas de funcionários no Rio de Janeiro. As inserções de um quadro especial no Jornal Nacional, comandado pelo apresentador e editor William Bonner, serviram para apresentar em doses diárias um resumo da história da emissora, com destaque para alguns episódios controversos em que foi protagonista.
Por Luciano Martins Costa*, no Observatório da Imprensa
"Hoje, a Globo que determina o que as pessoas vão conversar, de forma quase monopolista, sem que haja qualquer tipo de alternativa a esse debate. Com uma política editorial de manipulação contra os interesses populares, sempre a favor das elites.", disparou Laurindo Lalo Leal Filho, professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e apresentador do programa VerTv, exibido pela TV Brasil, ao comentar os 50 anos da Rede Globo no Brasil.
Por Joanne Mota