Em resposta ao Grito da Terra, a presidente Dilma Rousseff autoriza liberar, até julho, R$ 530 milhões para compra de terras. Com pagamento de R$ 600 mil em desapropriações este ano, a reforma agrária estava quase parada. Custo médio de assentamentos na última década indica que até 50 mil famílias podem ser beneficiadas em 2011, um terço do que pediam os manifestantes.
por André Barrocal para a Carta Maior
Nesta terça-feira (17), trabalhadores rurais de todo o Brasil se reúnem na Esplanada dos Ministérios, e Brasília (DF), para as manifestações do Grito da Terra Brasil 2011. A atividade, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), será aberta, às 14h30, em frente ao Congresso Nacional, onde a tônica política será a pressão para a votação do Código Florestal.
7º Grito da Terra Brasil, acontece nos dias 17 e 18 de maio em Brasília, como o tema: POR UM BRASIL SUSTENTÁVEL SEM FOME E SEM POBREZA
A antiga Fazenda Imperial de Santa Cruz – que originalmente tinha uma área duas vezes maior que a da cidade do Rio de Janeiro – representa hoje um dos maiores desafios de regularização fundiária urbana enfrentados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Dos 225 mil hectares iniciais, restaram 80 mil hectares a serem regularizados, divididos em 60 mil propriedades, onde vivem cerca de 200 mil pessoas.
O assentamento Oito de Junho, em Laranjeiras do Sul (PR), será o primeiro do país a sediar uma universidade federal. As obras do campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) começaram nesta segunda-feira (2).
O MST realizou durante o mês de abril uma jornada de lutas para cobrar dos governos federal e estaduais políticas para a realização da Reforma Agrária e o desenvolvimento dos assentamentos rurais.
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse nesta quinta-feira (28) que o governo da presidente Dilma Rousseff será mais de esquerda do que foi a gestão do antecessor dela, Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o dirigente, a coalizão que apoia Dilma tem maior participação de setores populares — o que torna o momento mais favorável para os movimentos sociais alcançarem suas reivindicações.
Os 700 Sem Terra acampados na praça da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, saíram organizados em duas colunas e marcharam em direção ao Tribunal de Justiça, na manhã de quarta-feira (27), para denunciar os massacres que continuam impunes e a perseguição que os movimentos sociais sofrem no Estado
Em sua primeira visita ao Senado, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Celso Lacerda, afirmou nesta quarta-feira (28) que pretende adotar uma gestão mais técnica do que política no comando do órgão.
Cerca de 700 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e de outros movimentos sociais montaram nesta segunda-feira (25) acampamento em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. O protesto faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, que prevê manifestações simultâneas em 17 Estados, e os acampados devem permanecer no local até o fim da semana.
O relatório Conflitos no Campo no Brasil 2010, divulgado nesta terça-feira (19) pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), informa que o número de conflitos pela terra permaneceu “praticamente estável” (854 em 2009 e 853 no ano passado). O crescimento do número de assassinatos em conflitos no campo, entretanto, chama a atenção: 34 assassinatos, 30% a mais que em 2009, quando foram registrados 26.
No dia 17 de abril de 1996, 19 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram assassinados e 69 foram feridos pela Polícia Militar do estado do Pará. Passados 15 anos do episódio – conhecido como Massacre de Eldorado do Carajás – nenhum dos envolvidos nos assassinatos está preso.