A pressão do governo de Michel Temer para votar no início de dezembro a reforma da Previdência Social poderá desencadear uma greve entre os trabalhadores, afirmaram nesta quarta-feira ao Portal Vermelho os dirigentes metalúrgicos Marcelino da Rocha, da Federação interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) e Miguel Torres, presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
Por Railídia Carvalho
A insatisfação de deputados do Centrão e do próprio PMDB com o tucano Antonio Imbassahy na articulação política do governo Temer pesou. Na tentativa de acalmar os ânimos e angariar votos para sua Reforma da Previdência, Temer vem cedendo às pressões e nesta quarta-feira (22), o nome de um de seus ferrenhos defensores na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), começou a circular nos bastidores e na imprensa para ocupar o cargo.
Por Christiane Peres
Em nota à imprensa, após reunião da comissão executiva da sigla, o PSDB informa que "recomenda" a aprovação da reforma da Previdência, sem fechar questão sobre o assunto.
Não é um problema em si existir déficit na Previdência ou Seguridade Social, o resultado fiscal de um governo monetariamente soberano é menos relevante que o resultado econômico (inflação e emprego) e social (bem-estar da população).
Por Gustavo Noronha*
O governo de Michel Temer aumenta a pressão pela votação até o dia 6 de dezembro da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Campanha publicitária oficial que está no ar na televisão aberta afirma que a reforma vai fazer “justiça social e combater privilégios”. O dirigente sindical Pascoal Carneiro contestou o argumento do governo em entrevista ao Portal Vermelho.
Por Railídia Carvalho
O governo corre contra o tempo para tentar convencer partidos da base aliada de que devem votar e aprovar a reforma enxuta da Previdência. Há forte resistência por conta do desgaste eleitoral que poderia comprometer as eleições de 2018.
Sem os votos necessários para alterar as regras previdenciárias, Michel Temer usará seu artifício preferido para tentar virar o jogo: um jantar para 300 parlamentares nesta quarta-feira (22), no Palácio do Alvorada. O regabofe, que deve contar com a presença de economistas de fora do governo, mas alinhados com a visão de Temer, servirá para tentar convencer deputados da base que ainda estão resistentes à matéria, sobretudo às vésperas de ano eleitoral, a aprovarem a proposta ainda este ano.
Segundo o parlamentar Enio Verri, o que coloca em risco a "sobrevivência" orçamentária são o Refis e benefícios fiscais às petroleiras multinacionais e aos latifundiários.
A maior aposta do governo Temer vem se esvaindo a cada dia. Anunciada como uma das salvações do país, a famigerada reforma da Previdência, agora, “não será muito ampla”, conforme disse Michel Temer nesta terça-feira (21), durante evento de lançamento de um pacote de serviços digitais sobre emprego.
Em entrevista à rádio CBN na manhã desta terça-feira (21), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que o governo de Michel Temer “está muito longe” de ter os 308 votos necessários para aprovar as mudanças na Previdência Social (PEC 287/16). Segundo ele, a proposta foi “demonizada” e tirar a “imagem ruim” da PEC não será fácil.
Por Christiane Peres
Reforma trabalhista do governo Michel Temer deve provocar um rombo imenso nas contas da Previdência; estudo feito por pesquisadores do Instituto de Economia da Unicamp aponta que a migração de trabalhadores com carteira assinada para a condição de pessoa jurídica – a chamada pejotização – trará um impacto negativo anual bilionário para a arrecadação previdenciária; prejuízos à Previdência podem chegar a R$ 30 bilhões.
A mais recente rodada da pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os dias 27 e 31 de outubro, mostra que os parlamentares devem se preocupar e muito com a reeleição em 2018, se decidirem aprovar o fim das aposentadorias, como querem os empresários e os especuladores.
Por Marize Muniz para CUT