Sem apoio popular ou parlamentar, o governo admite que não tem votos para aprovar a Reforma da Previdência e negocia para tentar mostrar ao mercado que consegue fazer valer ao menos alguns pontos do texto. Nesta quinta (09), o ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse que o projeto a ser votado será mais enxuto e defendeu que o corte na proposta não pode ser superior a 50% do previsto. Tendo que cumprir a regra do teto dos gastos públicos, ele já fala em "medidas complementares" à reforma.
A maior demonstração de que a vitória na votação que engavetou a segunda denúncia contra Michel Temer foi uma derrota é a tentativa do governo de aprovar a reforma da Previdência. Temer se movimenta e corre contra o tempo para aprovar pelo menos três pontos do texto original que enviou ao Congresso Nacional ainda este ano.
Por Dayane Santos
CTB, CUT, CSB, UGT, Força Sindical e Nova Central convocam ato na capital paulista na sexta (10), o Dia Nacional de Mobilização. A atividade começa às 9h30 com uma concentração na Praça da Sé. Às 10h30, manifestantes saem em caminhada até a Avenida Paulista.
Michel Temer está correndo contra o tempo para tentar articular a votação de um texto da reforma da Previdência. O governo já admite que não vai conseguir votar o texto original enviado co Congresso Nacional e tenta evitar o sepultamento da proposta que representa um retrocesso aos direitos dos trabalhadores brasileiros.
No dia em que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em entrevista que o Planalto quer aprovar a reforma da Previdência ainda este anos, o vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho (PMDB-MG), tratou com Michel Temer sobre as pendências da semana no Congresso e disse a ele que o governo não tem os votos necessários para aprovar o texto.
Um conjunto de entidades realiza uma plenária hoje (30) às 19h, no Sindicato da Construção Civil de Campinas para preparar a paralisação do próximo dia 10.
Depois de engavetar a denúncia contra Michel Temer – uma vitória com cara de derrota -, o governo sofre para tentar colocar a reforma da Previdência na pauta de votação ainda este ano. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em entrevista à TV NBR, nesta segunda-feira (30), que a votação deve ser ainda em novembro.
Depois de obter uma vitória com cara de derrota, o governo – que tem 3% de aprovação – diz que vai retomar as articulações em torno da reforma da Previdência. Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Henrique Meirelles (Fazenda) garantem que a prioridade da agenda do governo é retomar a tramitação da reforma, que foi interrompida no semestre passado com a apresentação da primeira denúncia contra Temer na Câmara.
Por Dayane Santos
A Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a analisar a situação da Previdência Social no Brasil aprovou, nesta quarta-feira (25), o relatório final do colegiado apontando a inexistência de déficit nas contas do sistema – contrariando a defesa do governo por uma reforma – e apontando caminhos para o aperfeiçoamento da gestão dos recursos.
Não virou manchete nos jornalões e nem foi destaque no JN da TV Globo. Nesta segunda-feira (23), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) constituída no Senado para avaliar a real situação da Previdência Social concluiu que não existe deficit nas contas.
Por Altamiro Borges*
Na segunda-feira (23), a CPI da Previdência no Senado finalmente entregou seu relatório final, com 253 páginas que sintetizaram seis meses de audiências públicas, estudos e análises de especialistas. Segundo o advogado e professor de direito previdenciário, Sérgio "Pardal" Freudenthal, "o documento será um grande instrumento de luta política".
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, senador Hélio José (Pros-DF), apresentou nesta segunda-feira (23) o relatório final dos trabalhos ao colegiado, com a conclusão de que a Previdência Social não é deficitária, mas, sim, alvo de má gestão.