As centrais sindicais voltaram a se reunir, na tarde desta quarta-feira (31), com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, para tratar dos caminhos da tramitação do PLC 38/2017, que versa sobre a reforma trabalhista. Também participaram da reunião os senadores Paulo Paim (PT/RS), Hélio José (PMDB/DF) e Roberto Requião (PMDB/PR).
As centrais sindicais aprovaram na segunda-feira (29) a realização de uma nova greve geral, contra as reformas e o governo Temer, no final de junho, em data a ser definida, mas que ficará entre os dias 26 e 30. Embora alguns defendam 48 horas, o mais provável é que seja escolhido apenas um dia. A decisão deve sair na próxima segunda-feira (05), quando os dirigentes voltarão a se reunir, em São Paulo. Eles prometem um movimento mais amplo que o registrado em 28 de abril.
A sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), destaca terça-feira (30) no Senado, evidenciou o momento obscuro da política brasileira. “Uma vergonha”, sintetizou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) sobre o relatório da reforma trabalhista (PLC 38/2017), do também senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que decidiu não alterar o texto, mas apenas recomendar o veto.
O Projeto de Lei da Câmara 38/2017 que trata da reforma trabalhista volta à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (30) com o acordo entre governo e oposição de que a votação ficará para a próxima semana. Magistrados do Trabalho voltaram a criticar o projeto nesta segunda-feira (29) em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado para debater as reformas da Previdência e Trabalhista. Para a Associação dos Juizes do Trabalho (Anamatra), o debate precisa seguir o regimento.
Acompanhe o debate sobre o relatório da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), apresentando pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
Nesta terça-feira (30), a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) deverá votar o parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista. A oposição já anunciou que vai obstruir a análise do documento, por considerar que o projeto é um retrocesso aos direitos trabalhistas.
O Portal Vermelho conversou no dia 24 de maio com o Procurador do Trabalho e integrante do Ministério Público do Trabalho (MPT), Renan Kalil. Na entrevista por telefone, ele afirmou que o Senado também dificulta o diálogo sobre a chamada reforma trabalhista repetindo o que ocorreu na Câmara dos Deputados. Para Renan, a velocidade da tramitação exclui a opinião dos representantes dos trabalhadores e não dá chances para que a sociedade compreenda o que está em jogo.
Por Railídia Carvalho
O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista pode ser votado nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. Ferraço é relator do projeto em duas comissões e apresentou parecer favorável ao projeto aprovado na Câmara dos Deputados. Parlamentares da oposição contestam a votação, acusando o senador Tasso Jereissati de “tratorar” o processo já que ele deu o relatório de Ferraço como lido, o que não aconteceu.
O 2º Congresso da Federação de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal). que se encerrou neste sábado (27), em Guarulhos (SP), reforçou o repúdio às reformas trabalhista e previdenciária que tramitam no Congresso Nacional. Ciro Gomes e Renato Rabelo foram dois dos palestrantes do evento. Para Renato, em um cenário em que o estado de exceção se amplia o único caminho são as eleições diretas.
As centrais de trabalhadores se reúnem nesta segunda-feira (29), às 15 horas, para avaliação conjunta do Ocupa Brasília. O encontro será na sede da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB), na região central de SP.
Empresa de relator do projeto de terceirização acumula processos trabalhistas; maioria de parlamentares que aprovou a lei é de empresário e/ou representante de entidades patronais; presença empresarial se repete em reforma trabalhista
Por Alice Maciel, para a Agência Pública
O Banco Mundial despreza o impacto do teto de gastos e das reformas defendidas pelos governo Michel Temer sobre os direitos socioeconômicos e ambientais dos brasileiros. Foi o que seis organizações da sociedade civil constataram ao analisar o documento divulgado pelo banco com estratégia de investimentos no Brasil nos próximos seis anos.