A reforma trabalhista do presidente interino Michel Temer, que ameaça direitos do trabalhador, pode ser decisiva para os candidatos da frente sindical que concorrem às eleições municipais deste ano. Para Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), cabe às centrais de trabalhadores e sindicatos traduzir os riscos da reforma à população trabalhadora, incluinda a prevista para a Previdência Social.
Por Railídia Carvalho
Seis centrais de trabalhadores firmaram nesta terça-feira (26), em São Paulo, o compromisso de atuar contra a reforma trabalhista do governo interino de Michel Temer. São elas Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Sindicatos Brasileiros (CST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores e União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Por Railídia Carvalho
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) afirma que vê com preocupação as notícias na mídia e declarações de porta-vozes do atual governo a respeito de uma reforma trabalhista que represente retrocesso nos direitos dos trabalhadores. Segundo a entidade, momentos de “crise econômica” demandam uma atenção prioritária com relação aos direitos sociais e trabalhistas e não a precarização desses em detrimento da solução dos problemas econômicos do Brasil.
A agenda que o Congresso Nacional terá pela frente assim que voltar do recesso traz ao menos oito propostas que representam imenso retrocesso para os movimentos sindical e sociais. São textos que tratam da privatização das estatais, redução da maioridade penal, retirada da Petrobras como operadora única do pré-sal, estatuto da família, lei antiterrorismo, ataques ao direito da mulher, terceirização sem limites e o estatuto do desarmamento.
“A atual conjuntura deixa claro que é urgente a concretização das reformas estruturais, que, historicamente, são defendidas pelo PCdoB”, relatou Renato Rabelo, presidente nacional do Partido Comunista dos Brasil (PCdoB), ao falar sobre a conjuntura política nacional e a agenda de luta das centrais sindicais e movimentos sociais para o próximo dia 11 de julho.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Cerca de 200 sindicatos se reuniram nesta sexta-feira (26) em torno de uma frente comum contra o projeto de reforma trabalhista em análise no Congresso mexicano.
As comissões Unidas do Trabalho e Previsão Social, e de Estudos Legislativos do Senado da República do México, aprovaram os aspectos gerais do projeto de decreto de reforma e adições à Lei Federal do Trabalho. A votação teve com 10 votos a favor e dois contra. Os partidos de esquerda do país são contrários às mudanças.
Está em andamento, de forma quase silenciosa, o maior ataque aos direitos trabalhistas no Brasil desde que foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, em 1943.
Por Luiz Carlos Azenha