Representantes e praticantes das religiões de matriz africana realizaram um protesto, na terça (18), contra a intolerância religiosa. Vestidos de branco, eles se posicionaram em frente ao Ministério Público e pediram respeito às tradições da cultura afro-brasileira.
O povo brasileiro possui uma invejável vocação de felicidade. E isso não se ensina, nem se aprende.
Por Antonio Jiménez Barca*, no El País
O prefeito e os vereadores decidiram se comportar como os fanáticos liderados por Girolamo Savonarola, o frade dominicano da era renascentista, que sob o pretexto de proteger a moral e o bons costumes da família tradicional, destruíam livros com qualquer conteúdo não aprovado pelos censores.
Por Luciana Oliveira*, em seu blog
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, foi instituído em 2007 pela Lei nº 11.635. A data, proposta por um deputado do estado da Bahia, rememora o dia do falecimento da Iyalorixá Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum (BA), vítima de intolerância por ser praticante de religião de matriz africana.
Buscando uma nova forma de militância para o combate aos estereótipos em relação às religiões de matriz africana, nasceu a animação Orun Aiyê: a criação do mundo. Durante os 12 minutos de duração, o filme das diretoras Jamile Coelho e Cintia Maria, conta de forma didática como os orixás do candomblé interagiram para criar a Terra. Em iorubá, idioma de uma das etnias do continente africano, Órum significa o mundo espiritual e Aiyê, o mundo físico.
“O Brasil tem múltiplas culturas, foi gestado na junção de vários povos. Somos mundialmente conhecidos como país da tolerância religiosa e boa convivência entre os credos”, destacou o presidente da Comissão de Legislação Participativa (CLP), deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), na abertura da audiência pública que discutiu o ecumenismo no Brasil, nesta quarta-feira (14), na Câmara. Lopes fez uma homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns, falecido nesse dia.
A ascensão do conservadorismo no país acirra a perseguição às religiões de matrizes africanas. Praticado por 0,3% da população brasileira, segundo dados do IBGE, os adeptos relatam situações de terreiros incendiados, além de agressões físicas e verbais. No Dia da Consciência Negra, celebrado neste domingo (20), representantes do movimento negro denunciam o momento de intolerância às liberdades individuais que o Brasil enfrenta.
Por Laís Gouveia
Coincidências à parte, a data máxima deste mês da consciência negra, o 20 de novembro, dia de Zumbi dos Palmares, acabou tendo suas comemorações antecipadas. A começar pelo tema de redação da prova do Enem, domingo (6), que esse ano escolheu "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”.
De acordo com a Constituição de 1988, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são proibidos de instituir impostos sobre "templos de qualquer culto". Uma sugestão popular que já está sendo analisada pelo Senado propõe a extinção da imunidade tributária das igrejas. A matéria aguarda parecer na Comissão de Direitos Humanos (CDH), mas já recebeu mais de 79 mil votos de apoio contra menos de quatro mil contrários, no site Consulta Pública, do portal e-Cidadania do Senado.
A prática da tortura é um câncer que se propaga de Norte a Sul. Apesar do que se pensa, ela não foi erradicada com a redemocratização.
Por Leneide Duarte-Plon, de Paris*, na Carta Maior
Temos que dialogar de boa fé com esses humildes eleitores religiosos engambelados, não afrontá-los nem desprezá-los, mas buscar o diálogo sincero com eles.
Por Saturnino Braga*, na Carta Maior
A organização Não Governamental "Católicas pelo Direito de Decidir", que baseia-se na prática e teoria feministas para promover mudanças na sociedade, especialmente nos padrões culturais e religiosos, lançou uma nota rechaçando a PEC 241 que congelará os investimentos nas áreas da saúde e educação nos próximos 20 anos.