A República Centro-Africana corre o risco de mergulhar numa crise humanitária ainda mais profunda se a comunidade internacional não responder à crescente violência, alertou, nesta segunda-feira (07/08), o secretário de Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Stephen O'Brien. Há risco, segundo ele, de um genocídio.
O vice-primeiro ministro turco, Bülent Arinç, anunciou a apresentação, em breve, ao Parlamento de uma moção para enviar tropas à República Centro-africana, destacou a imprensa turca nesta terça-feira (4).
Importantes funcionários das Nações Unidas manifestaram nesta sexta-feira (10) preocupação pelo ressurgimento da violência na República Centro-Africana, onde nos últimos dias intensificaram-se os choques na capital, Bangui.
O Conselho de Segurança urgiu o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Ban ki-moon a “revisar o que já foi feito e o que pode ser melhorado” na missão de manutenção da paz mantida pela União Africana na República Centro-Africana. Em reunião nesta segunda-feira (28), o máximo órgão da ONU discutia o processo em que uma força internacional assumirá o controle da missão de estabilização no país, devastado por confrontos armados internos.
Desde que conquistou a independência da França em 1960, a RCA (República Centro-Africana) manteve um panorama político instável, com sucessivas deposições e tomadas de poder com o passar das décadas.
Por Patrícia Dichtchekenian, na Opera Mundi
Duas "novas" guerras com a presença de tropas estrangeiras e cheiro de petróleo incendeiam o coração de África, provocando milhares de vítimas e incalculáveis prejuízos econômicos.
Por Carlos Lopes Pereira*, no Avante!
A ONU anunciou nesta sexta-feira (13) que mais de 500 pessoas já morreram em Bangui, capital da República Centro-Africana desde 5 de novembro, quando recomeçaram os enfrentamentos entre milícias locais. O número de vítimas fatais deve aumentar nos próximos dias, segundo o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas (Acnur) para os direitos humanos, Ravina Shamdasani.
Especialistas independentes manifestaram alarme diante do que consideram violência contínua e insegurança na República Centro-Africana. Em um comunicado, emitido esta segunda-feira (5), em Genebra (Suíça), os peritos dizem estar "seriamente preocupados" com relatos que incluem assassinatos, tortura, detenção arbitrária e violência baseada no gênero.