Enquanto o país acompanha os desdobramentos das revelações trazidas pelas gravações do empresário Joesley Batista, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protagonizou uma situação no mínimo inusitada, que só o acaso explica, ou não.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou hoje (8) denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os senadores Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Jader Barbalho (PA), além do ex-senador José Sarney, todos do PMDB, por organização criminosa.
As especulações sobre a segunda denúncia criminal contra Michel Temer aumentam com a aproximação da data de encerramento do mandato de Rodrigo Janot à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), marcada para 17 de setembro. Enquanto tenta dar uma resposta às gravações de Joesley e o suposto envolvimento do ex-procurador Marcelo Miller,s seu braço direito na PGR, Janot deve oferecera denúncia com pelo menos sete delações.
Em 17 de setembro, Rodrigo Janot deixa a Procuradoria-Geral da República (PGR). Até junho deste ano, o procurador-geral que fechou o “super acordo” de colaboração premiada da JBS, tido como ponto alto da Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), sairia do cargo fortalecido. Mas a expectativa não correspondeu à realidade.
Por Dayane Santos
Na última sessão que comandou no conselho do Ministério Público Federal (MPF), nesta terça-feira (5), Rodrigo Janot citou a palavra medo por oito vezes ao comentar sua decisão de determinar a abertura de uma investigação de indícios de omissão de informações pelos delatores da JBS.
O conteúdo dos novos áudios envolvendo o dono da JBS, Joesley Batista, está sob a análise do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que disse ter indícios que podem levar à anulação do acordo de benefícios previsto na delação do empresário que sustentou a denúncia contra Michel Temer.
Michel Temer e o que resta da sua base aliada estão empolgados com os novos fatos que tratam da delação premiada dos irmãos Batista trazidos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (4). A informação de que os donos do grupo JBS omitiram informações em suas delações foi comemorada por aliados do governo com fogos de artifício.
Por Dayane Santos
A notícia, no Valor (Grupo Globo, é sempre bom lembrar) de que a Procuradoria-Geral da República se associou ao Departamento de Justiça do governo estadunidense para gravar o – ainda que ilegítimo – presidente do Brasil em sua viagem a Nova York, que acabou não se realizando, é a mais desavergonhada sabujice de membros do Estado brasileiro a um governo estrangeiro.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF que não pode investigar as acusações feitas em delação premiada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado contra Michel Temer, argumentando que a Constituição impediria a apuração por se tratar de “atos estranhos ao exercício do mandato”.
A crise que engolfa a República desde 2013 é eminentemente política. E na política é que devemos procurar uma saída. Os desarranjos econômicos, de velha data, são consequências que não encontrarão alternativa se tratados como fenômenos em si, como querem os economistas oficiais e tonitrua a grande imprensa.
Por Roberto Amaral*, em seu blog
O encontro promovido pelo ministério público com procuradores de 10 países onde a Odebrecht atua, indica um ativismo internacional questionável da força-tarefa da Lava Jato – fato verificável também na cooperação descabida com o Departamento de Justiça dos EUA.
Por Jeferson Miola*, no Brasil 247
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é alvo de mais seis inquéritos por fatos distintos, além das duas denúncias que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.