Por que os países do centro do capitalismo podem romper com os pressupostos do conservadorismo e nós temos de permanecer mergulhados na recessão?
Por Paulo Kliass*
Por que os países do centro do capitalismo podem romper com os pressupostos do conservadorismo e nós temos de permanecer mergulhados na recessão?
Por Paulo Kliass*
Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por 6 votos a 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta (2) a taxa Selic em 14,25% ao ano, o mais alto patamar desde julho de 2006. A decisão era esperada pelos analistas, que preveem que a taxa permanecerá inalterada até o fim do ano. Mas desagrada trabalhadores, empresários e acadêmicos, que defendem uma redução na Selic como passo necessário para retomar o crescimento da economia.
O dia em que se fizer o inventário da atuação do Banco Central na gestão Alexandre Tombini, provavelmente se terá o retrato de uma das mais desastradas gestões da história pós-estabilização, só superada pela de Gustavo Loyolla e seus 45% de taxa básica ao ano. Desde o primeiro governo Dilma, avaliações incorretas do BC sobre a economia comprometeram a política econômica e ajudaram a jogar a economia nesse buraco.
Por Luis Nassif
Diante do risco de provocar um desestre na economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, nesta quarta-feira (20), manter a Selic em 14,25% ao ano – percentual que já é o mais elevado dos últimos nove anos. Mais uma vez, a decisão não foi unânime. Dos oito integrantes do colegiado, os diretores Tony Volpon e Sidnei Marques novamente votaram por alta de 0,50 ponto percentual, mas tiveram a posição derrotada.
Uma declaração do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nesta terça (19), sinaliza a possibilidade de o Copom não aumentar a taxa básica de juros ou ser mais gradual no aperto monetário.
No último Boletim Focus antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central pressionam por uma elevação de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros. A torcida do "mercado" por uma alta na Selic vai na contramão do que defendem representantes da indústria, dos trabalhadores e da academia – setores que não são ouvidos pelo Bacen.
O cenário está montado há vários meses. O calendário de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para 2016 já havia sido publicado em comunicado do Banco Central de junho do ano passado. A próxima reunião do colegiado será realizada em 19 e 20 de janeiro. Como costuma acontecer, os resultados serão divulgados somente a partir das 20 horas, com o objetivo de impedir eventual manipulação de ganhos especulativos pelo mercado financeiro.
Por Paulo Kliass*
O Banco Central enviou mais um sinal de que deve retomar a trajetória ascendente da já exorbitante taxa básica de juros, a Selic. Em relatório de inflação divulgado nesta quarta (23), a autoridade monetária afirma que o aumento nas projeções de inflação é um “claro e importante sinal” que demanda monitoramento. Os juros altos são apontados por vários economistas como um entrave ao crescimento, um estímulo ao rentismo e um fator que atrapalha o equilíbrio do governo, pois eleva a dívida pública.
Um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciar a manutenção da taxa básica de juros em 14,25%, o economista Márcio Pochmann desconstruiu o discurso que embasa a defesa dos juros altos. Em entrevista ao Portal Vermelho, ele citou números que demonstram o equívoco de usar a Selic para reduzir uma inflação que nada tem a ver com a demanda. E criticou a política do Banco Central, que estaria na contramão do esforço fiscal promovido pelo governo.
Por Joana Rozowykwiat
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, afirmou que o eventual aumento na taxa de juros (Selic) na reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que se encerra nesta quarta-feira (29), é um remédio exagerado para o controle da inflação, que vai aprofundar o quadro recessivo e o arrocho salarial no país.
As centrais sindicais realizaram nesta terça-feira (28) o Dia Nacional de Luta por Mudanças na Política Econômica Nacional. Centenas de pessoas participaram de atos em São Paulo, Brasília e em diversos estados em protesto contra a política de juros altos e pela retomada do desenvolvimento. Nesta quarta (29) o Comitê de Política Monetária (Copom) define a nova taxa básica de juros (Selic).