Indicação de novas reduções na Selic pressiona cotação com fuga de dólares
Cortes nos EUA e queda da inflação abriram espaço para novo corte
A autoridade monetária brasileira segue bancos centrais de outros países, que vêm adotando medidas de estímulo econômico face à pandemia do novo coronavírus.
Expectativa é que a autoridade monetária brasileira siga o Fed, banco central dos EUA, que já cortou juros duas vezes em meio à crise do novo coronavírus.
Com desconto em folha, crédito consignado é operação quase sem risco. Mesmo assim, juros seguem altos
Ao longo dessa semana deverá ser realizada a 220ª reunião ordinária do Comitê de Política Monetária (COPOM) em Brasília. As regras institucionais definem a composição do colegiado como sendo exatamente a mesma que o pleno da diretoria do Banco Central (BC). Assim, por mais um momento, os seus integrantes deverão realizar um balanço da situação econômica do Brasil e do mundo, com a derivação de suas consequências para a política monetária em nosso país.
Durante os dias 11 e 12 de dezembro está prevista a realização da última reunião do Copom de 2018.
Ao longo dos dias 19 e 20 de junho, o Conselho de Política Monetária (COPOM) estará realizando sua 215ª reunião ordinária. Da mesma forma como acontece a cada 45 dias, todos os integrantes da diretoria do Banco Central (BC) mudam seus respectivos uniformes e convertem-se em conselheiros do colegiado que define os patamares da taxa oficial de juros do País, a SELIC.
Por Paulo Kliass*
O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta (21) uma redução da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. Com isso, a Selic passa a ser de 6,5%, nova mínima histórica. Mesmo assim, o país continua a ter uma das taxas de juros reais (descontada a inflação) mais altas do mundo. Com o spread bancário nas alturas e sem o fomento a investimentos públicos e privados, o corte da Selic tem se mostrado insuficiente para impulsionar a combalida economia brasileira.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes afirmou em nota divulgada no portal da entidade que "A redução da taxa Selic em apenas 0,75 ponto mostra a falta de compromisso do governo e do Copom com o desenvolvimento do País". A redução foi anunciada nesta quarta-feira (25) e demonstra uma tendência a uma redução menor da taxa de juros. Segundo o dirigente, não falta "atitude" ao governo para prejudicar trabalhadores e aumentar a desigualdade.
De acordo com as centrais sindicais, a redução de 1 ponto percentual (p.p.) da taxa básica de juros demonstra que o governo segue com política conservadora que privilegia o mercado financeiro e desestimula a geração de empregos
Na sétima redução seguida, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central levou a taxa básica de juros (Selic) a 9,25% ao ano. Desta vez, o corte foi de um ponto percentual, dentro da expectativa dos analistas. Em termos reais, descontada a inflação, os juros no país seguem elevados.