Ação do Ministério Público Federal (MPF) não apresenta nenhum prova de que o imóvel pertence ao ex-presidente e diversas testemunhas já negaram qualquer relação com Petrobras.
O ainda juiz federal Sérgio Moro concedeu entrevista como ministro da Justiça e Segurança Pública ao Fantástico que foi ao ar neste domingo (11). Apontado como um juiz parcial que atuou políticamente em todo o processo da Lava Jato, Moro foi a sua própria casca de banana na entrevista.
A corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou nesta sexta-feira (9) que instaurou um processo para apurar a indicação do juiz federal Sergio Moro pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) como ministro da Justiça.
O juiz Sérgio Moro criou um novo tipo de extinção de punição a quem comete um crime “mais grave do que corrupção” – segundo ele mesmo. "É a extinção de punibilidade se houver pedido de desculpas. Talvez ele possa colocar isso nas tais medidas que está dizendo que vai aprovar contra a corrupção", afirma o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
Por Cláudia Motta*
O ex-ministro e advogado criminalista José Carlos Dias classificou como "um desastre" a decisão de Sérgio Moro de aceitar ser ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro. "Eu confiava que ele fosse um juiz, mas não o é", disse ele em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Deputados do PT ingressaram com uma representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a exoneração de Sérgio Moro em função de ter aceitado o convite feito pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ocupar o cargo de ministro da Justiça.
Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e candidato a presidente no primeiro turno das eleições presidenciais pelo Psol, visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (8), na sede da Polícia Federal em Curitiba. Acompanhado pelo deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, Boulos discursou para militantes do acampamento Vigília Lula Livre.
O juiz Sérgio Moro criou um novo tipo de extinção de punição a quem comete um crime “mais grave do que corrupção” – segundo ele mesmo. "É a extinção de punibilidade se houver pedido de desculpas. Talvez ele possa colocar isso nas tais medidas que está dizendo que vai aprovar contra a corrupção", afirma o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
Nesta quarta-feira (7), o senador Roberto Requião (MDB-PR) apresentou projeto de lei que ironiza as declarações dadas pelo juiz Sérgio Moro. É que o projeto concede perdão judicial em caso de crimes eleitorais, contra a administração pública ou contra o sistema financeiro nacional, desde que o réu "demonstre arrependimento", "confesse a prática do crime" e "apresente pedido público de perdão e de dispensa da pena".
É quase irrelevante, beirando o bizantino, o debate que mobilizou a parcela oposicionista do Brasil após o juiz Sérgio Moro aceitar o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro: com a ida ao novo governo, o algoz do ex-presidente Lula contradisse sua promessa pretérita de não entrar na política?
Por Rodrigode de Almeida, do Poder 360
A coletiva de imprensa do anunciado ministro da Justiça, o ainda juiz Sergio Moro, nesta terça-feira (6), foi marcada por uma tentativa de explicar como chegou ao sim a Jair Bolsonaro. Moro tentou não escorregar nas respostas e disse que seu futuro chefe é o que tem sempre razão, mas demonstrou ao longo de quase duas horas de entrevista, que há sérias discordâncias com relação a Bolsonaro.
Por Dayane Santos
Moro, portanto, quando agride a lei, não é figura isolada na paisagem cinzenta da magistratura brasileira.