O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, busca criar uma zona segura que proteja a organização terrorista Estado Islâmico (EI) no norte da Síria, denunciou o líder do grupo Frente Al-Nusra, Abu Muhammad al-Golani.
Um incidente no Mar Egeu, ocorrido neste domingo (13), fez com que aumentassem as tensões entre os governos da Rússia e da Turquia, já prejudicadas pela derrubada de um caça-bombardeiro russo Su-24 na Síria, em 24 de novembro.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta terça-feira (8) em um comunicado que a presença militar turca em território iraquiano é inaceitável.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, planejava abater o avião de guerra russo envolvido em campanha contra o Estado Islâmico de Moscou na Síria seis semanas antes do incidente do Su-24, comunica o Wikileaks a informação da fonte nas autoridades turcas.
O Ministério de Defesa da Rússia acusou na quarta-feira (2) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e a sua família, de retirar benefícios do transporte ilegal de petróleo realizado pelo Estado Islâmico na Síria.
Em 19 de novembro o presidente da Síria, Bashar al-Assad, concedeu uma entrevista à revista francesa Valor Actuel e falou sobre a democracia e como o Ocidente se comporta em relação às conhecidas ditaduras da Arábia e do Catar, ao mesmo tempo que procura derrubar o governo sírio.
O abate de um avião militar russo sobre a Síria levanta questões interessantes. Parece improvável que o governo turco iria cometer um ato de guerra contra um poderoso vizinho, a menos que Washington tivesse autorizado o ataque. O governo da Turquia não é muito competente, mas até mesmo o mais incompetente sabe que é melhor não colocar-se em posição de enfrentar a Rússia sozinho.
A derrubada do bombardeiro russo Su-24 pela Turquia foi uma provocação planejada aprovada antecipadamente por Washington, opinaram especialistas à emissora pública russa Sputnik.
Um dos vice-presidentes do influente partido de curdos da Síria, União Democrática (PYD), Salih Müslim, comentou à Sputnik a situação na região, que piorou muito depois do abate do bombardeiro Su-24 russo por caças turcos perto da fronteira turco-síria.
O piloto do Su-24 que foi salvo pela equipa de resgate russa e por soldados sírios disse que não houve avisos da parte turca. O piloto salvo afirmou que, antes do incidente do Su-24, não houve quaisquer avisos da parte turca, nem visuais, nem através do rádio.
Antália, na Turquia, é hoje o centro das decisões no combate ao terrorismo, na sequência dos atentados ocorridos na última sexta-feira, em Paris, que deixaram 129 mortos e 352 feridos.
Um criminoso atentado terrorista foi cometido na capital da Turquia, Ancara, no último sábado (10). Segundo agências noticiosas, trata-se do mais grave e mortal atentado de toda a história do país, que se encontra em plena campanha eleitoral.
Por José Reinaldo Carvalho*