Forças regulares e a Guarda Nacional ucranianas começaram nesta quarta-feira (28) um bombardeio massivo contra as posições das milícias populares em Lugansk, enquanto a população de Donetsk continua sendo alvo do fogo intenso de artilharia e da aviação.
Parceiro de Armínio Fraga neto, ex-presidente do Banco Central e homem de confiança do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (PSDB/MG), o multimilionário norte-americano George Soros reconheceu, nesta quarta-feira (28), sua responsabilidade sobre o golpe de Estado na Ucrânia, aplicado pela ultradireita, com apoio de forças neonazistas.
Cerca de 200 pessoas se reuniram hoje em Kiev, em frente das sedes presidencial e do Serviço de Segurança (SBU), para um comício exigindo libertar os ucranianos detidos no Leste do país, segundo informou a emissora de televisão Canal Cinco (TV Pyaty).
Logo após as eleições presidenciais ucranianas, a situação no Sudeste do país se agravou ainda mais. Os receios dos especialistas, que temiam que depois das eleições a operação militar contra a população do Sudeste, que votou pela criação das repúblicas de Donetsk e de Lugansk independentes de Kiev, iria ser reforçada, se tornaram realidade.
Por Andrei Ivanov*, na Voz da Rússia
A União Europeia considera que os resultados das eleições presidenciais de domingo (25) na Ucrânia, que apenas se realizaram em condições próximas das normais na região de Kiev e no ocidente do país, “representam o desejo dos civis ucranianos”.
Por Pilar Camacho, de Bruxelas para o Jornalistas sem Fronteiras
O chefe do Governo provisório da República Popular de Donetsk autoproclamada independente de Ucrânia, Denis Pushilin, considerou hoje pouco provável a visita do presidente eleito ucraniano, Pioter Poroshenko, a esse território.
O ministro de Assuntos Exteriores Serguei Lavrov reafirmou nesta segunda-feira (26) a disposição da Rússia a dialogar com o presidente eleito da Ucrânia Piotr Poroshenko, mas sem nenhum intermediário, explicou.
Uma delegação de parlamentares dos Estados Unidos observa o ambiente das eleições presidenciais na Ucrânia, que a Casa Branca classificou de um “avanço histórico”, e deu US$ 11,4 milhões para apoiar as votações. O respaldo se dá apesar da violência contínua no leste do país e do rechaço expressivo à situação, após a instituição de um governo interino, resultante do golpe de fevereiro.
Segundo informações publicadas pelas agências de notícias, o magnata Petro Poroshenko venceu as eleições presidenciais realizadas neste domingo (25) na Ucrânia com 55% dos votos. Em Donetsk, mais de 2 mil pessoas protestaram contra a eleição, levada a cabo por iniciativa política da junta golpista. O país promoveu o primeiro pleito após a deposição de Viktor Ianukóvitch em meio a um conflito armado entre as forças do governo provisório e a insurgência pró-russa do Leste.
Há dois propósitos principais na propaganda ocidental sobre os acontecimentos atuais na Ucrânia. Primeiro, encobrir ou pelo menos disfarçar o papel fundamental que os EUA tiveram na derrubada do governo democraticamente eleito da Ucrânia. Segundo, demonizar ao máximo a Rússia.
Por Paul Craig Roberts*, no Strategic Culture
Na véspera das eleições presidenciais de 25 de maio, Kiev está aumentando as forças envolvidas na operação militar no leste do país, declarou Igor Strelkov, líder das chamadas "forças de autodefesa" da cidade de Slavyansk, na região de Donetsk.
Três meses passados do golpe de Estado promovido pelos EUA e União Europeia (UE), a Ucrânia continua a caminhar velozmente para o abismo. A guerra civil imposta pela Junta golpista de Kiev é uma realidade, mas o pior ainda pode estar para vir.
Por Luís Carapinha* no jornal “Avante!”