Os invasores da Embaixada da Venezuela no Brasil saem pela porta do fundo. Eles deixaram o prédio para não serem presos. Trata-se de um grupo de golpistas apoiadores de Juan Guaidó, deputado que conspira para derrubar o governo de Nicolás Maduro e se autoproclamou presidente.
A Embaixada da Venezuela no Brasil foi invadida na manhã desta quarta-feira (13) por apoiadores de Juan Guaidó, deputado que conspira para derrubar o governo de Nicolás Maduro e se autoproclamou presidente do país em janeiro. Segundo relatos, ao menos 30 invasores participaram da ação.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), diz que as autoridades brasileiras não podem apoiar a invasão da embaixada da Venezuela. Segundo o colunista do UOL Jamil Chade, os policiais militares que estão dentro do prédio têm afirmado não têm orientação do governo brasileiro sobre o que fazer diante da invasão do escritório diplomático.
O vice-presidente e Secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB, Walter Sorretino, chamou de ato subversivo a invasão da Embaixada da Venezuela promovida por um grupo de apoiadores de Juan Guaidó. Sorretino esteve durante toda a manhã em frente a represnetação diplomática na vigília de solidariedade ao governo de Nicolas Maduro.
Sob pressão de parlamentares, de representações diplomáticas e até da ONU, a Presidência da República se viu obrigada a negar, publicamente, a participação do governo Jair Bolsonaro na criminosa ação de golpistas na embaixada da Venezuela em Brasília. Segundo o Planalto, Bolsonaro não apoiou o que admite ser uma “invasão” à embaixada. Em nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança presidencial, classificou o episódio de “fatos desagradáveis”.
A invasão da embaixada da Venezuela, em Brasília, por bolsonaristas e venezuelanos de direita, apoiadores de Juan Guaidó, autoproclamado presidente daquele país, foi repudiada por parlamentares do Congresso Nacional.
Uma mensagem nas redes sociais por parte de Eduardo Bolsonaro, insinuando um apoio à invasão ilegal da embaixada da Venezuela em Brasília, causa pânico e indignação numa ampla parcela do Itamaraty. O motivo: o Brasil ainda tem uma embaixada e um consulado operando normalmente em Caracas e, caso haja uma chancela do governo brasileiro ao ato em Brasília, a segurança dos diplomatas do país no exterior poderia estar comprometida, conforme reporta o colunista do UOL Jamil Chade.
O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, responsabilizou o governo Jair Bolsonaro pela criminosa invasão da embaixada da Venezuela em Brasília, efetuada à força na manhã desta quarta-feira (13). Segundo Arreaza, o Brasil desrespeitou acordos internacionais dos quais é signatário, como a Convenção de Viena.
Venezuelanos ligados à oposição golpista, com ajuda de milicianos brasileiros, invadiram a Embaixada da Venezuela em Brasília na manhã desta quarta-feira (13), a poucas horas da abertura da 11ª Cúpula do Brics. A ação, patrocinada por aliados de Juan Guaidó, tem apoio ilegal do Itamaraty. O Brasil é o único país do BRICS a tratar Guaidó como presidente da Venezuela – Rússia, Índia, China e África do Sul, com base na Constituição venezuelana, reconhecem a presidência legítima de Nicolás Maduro.
A Venezuela conquistou um assento no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em votação realizada nesta quinta-feira (17/10) na Assembleia Geral da organização. Com 105 votos a favor de sua candidatura, Caracas ficou à frente da Costa Rica, que entrou na corrida de última hora com o objetivo explícito de evitar que a Venezuela conquistasse uma vaga. O país da América Central obteve o apoio de 96 países-membros, nove a menos que os votos para o governo venezuelano.
Governo brasileiro se apressa em culpar país vizinho sobre derramamento de petróleo, mas esconde relatórios sobre o caso.
Por Juca Guimarães, do Brasil de Fato
Nicolás Maduro recebeu no sábado (5), em Caracas, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Yuri Borisov, para tratar da Comissão Intergovernamental de Alto Nível. "Reunião com Sua Excelência Yuri Ivanovich Borisov, vice-primeiro ministro da Federação Russa", informou o presidente venezuelano no Twitter.