A Embaixada da Venezuela e o Centro de Estudos Cubanos (Nescuba) promoveram, na noite desta quinta-feira (12), em Brasília, cine-fórum sobre o processo democrático na Venezuela e o papel da mídia. Nesta data, completam-se 10 anos da tentativa de golpe de Estado, apoiada por meios privados de comunicação, que sequestrou, por 46 horas, o presidente Hugo Chávez.
A Revolução bolivariana e Hugo Chávez são invencíveis, afirmou, nesta sexta-feira (13) o embaixador de Venezuela no Equador, Rodolfo Sanz, ao comemorar o décimo aniversário do retorno de Chávez ao poder após o golpe de Estado em naquele país.
Houvera prometido a mim mesmo um dia escrever sobre os fatos abaixo, deixando-os registrados para a posteridade. Agora, que estamos completando 10 anos dos mesmos, enfim, cumpro a promessa.
Por Hugo Cortez
“O que ocorreu na Venezuela não foi um simples golpe de Estado que tirou do poder o coronel Hugo Chávez Frias. Foi – assim como ocorreu no Brasil em 1964 – uma reação cívica a um governo que, eleito em pleito livre, se esmerou, uma vez no poder, em eliminar progressivamente todo e qualquer vestígio daquilo que se poderia chamar de institucionalidade democrática”. Editorial do jornal O Estado de S. Paulo de 13 de abril de 2002.
Por Altamiro Borges, em seu blog
O presidente Hugo Chávez aconselhou, nesta quinta-feira (12), aos setores mais conservadores da Venezuela a não repetirem as ações de 11 de abril de 2002, quando perpetraram um golpe de Estado contra o governo legalmente constituído.
O golpe de Estado fracassado na Venezuela contra o governo de Hugo Chávez, que nesta quarta-feira (11) completou dez anos, teve duas grandes particularidades: a sua cura duração, já que, diante da reação popular, não conseguiu se sustentar por dois dias; e a participação protagonista dos grandes grupos de mídia na organização do movimento– assumindo um papel mais relevante do que as Forças Armadas ou a burguesia opositora.
Nesta quarta-feira (11), a Venezuela lembra o aniversário do Golpe de Estado realizado em 2002 contra o então e atual presidente da República, Hugo Chávez Frías, que foi restituído ao cargo 48 horas após a sublevação, graças a uma massiva mobilização popular, pressão dos presidentes latino-americanos e fidelidade de parte das Forças Armadas à ordem constitucional.
Por Vanessa Silva
Há exatos dez anos, entre os dias 11 e 13 de abril de 2002, um substantivo próprio quase desconhecido começou a figurar de modo recorrente nos noticiários políticos do mundo todo: Venezuela. Até então, tal nome era sinônimo de petróleo e de beldades bem sucedidas em concursos internacionais. Entretanto, depois dessas históricas e tensas 72 horas, tudo mudou.
Por Pedro Silva Barros e Luiz Fernando Sanná Pinto*
O malfadado golpe que a direita venezuelana tentou aplicar em 11 de abril de 2002 fracassou mais rápido do que os apoiadores do esquema montado contra o presidente Hugo Chávez poderiam prever. Dois dias após a ação que prendeu Chávez e tomou o Palácio de Miraflores, o presidente retorna ao governo nas "graças do povo".
A mídia latino-americana sempre foi golpista. Representante das oligarquias do continente, dirigida por um punhado de famílias (todo país tem seus Frias, Mesquitas, Marinhos, Civitas), sempre esteve envolvida nos golpes militares contra a democracia no continente, do lado dos EUA.
Por Emir Sader, em seu blog
O ministro das Comunicações da Venezuela, Andrés Izarra, afirmou nesta segunda-feira (9) que os feitos de abril de 2002 deixaram uma grande lição na história do povo venezuelano, pois "nunca antes se havia dado um golpe midiático no mundo, ou seja, foi um golpe verdadeiro: articulado, impulsionado e dirigido pelos meios de comunicação do país".
Cerca de 57,3% dos venezuelanos votariam no presidente Hugo Chávez se as eleições fossem hoje, de acordo com a empresa Internacional Consulting Services (ICS).