Estudo mostra impactos da violência de gênero em capitais nordestinas. Com 19,7%, Salvador ostenta o pior índice.
Por Beatriz Drague Ramos*
A violência contra a mulher é um problema social e de saúde pública que atinge todas as etnias, religiões, escolaridade e classes sociais. Embora tenhamos avançado em questões como a implantação de delegacias para atendimento especializado e tenhamos aprovado leis como a Maria da Penha, há ainda muito o que avançar.
Mais da metade dos casos de agressão contra mulheres no Rio de Janeiro é praticada à noite, pelo próprio companheiro e dentro de casa. Além disso, os incidentes violentos aumentam nos fins de semana e em dias de partidas de futebol. Os dados fazem parte do Cadastro Nacional de Violência Doméstica e foram apresentados hoje (27) durante seminário sobre combate à violência de gênero realizado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
As cariocas de luta prometem lotar a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta terça-feira (28), às 16h pelos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e contra o racismo.
Grávida aos 10 anos, e obrigada a se casar com o próprio estuprador, hoje Sherry Johnson combate o matrimônio infantil nos EUA, onde 27 estados ainda permitem o casamento sem limite de idade. Assim como Johnson, muitas meninas sofrem com a mesma situação de abuso
O secretário-geral da ONU, António Guterres, considera necessário enfrentar a violência contra a mulher através de uma "ação unida de todos".
Desde que virou crime hediondo, em 2015, o termo feminicídio começou a se popularizar, mas ainda há limites na compreensão do gênero como motivador para a morte de 4.657 brasileiras apenas no ano passado, segundo o 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Falta divulgação e também estudos que possam ajudar a identificar os casos no cotidiano social.
Por Ana Claudia Araujo, do Catarinas
Começa neste sábado (25) a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres – uma mobilização anual que já atinge mais de 160 países pelos direitos das mulheres a uma vida digna e sem medo.
O dia é apropriado porque 25 de novembro é o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher e marca o início da campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres em mais de 160 países.
Por iniciativa da deputada Isaura Lemos (PCdoB), a Assembleia Legislativa de Goiás promoveu nesta sexta-feira, 24, audiência pública para debater violência de gênero, por ocasião do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. A data, que é comemorada em 25 de novembro, foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) como forma de combater os crimes motivados por questões de gênero. A audiência é realizada no Auditório Costa Lima.
Em Fortaleza, 27 % das mulheres entrevistadas foram violentadas emocionalmente ao longo da vida
No Nordeste, 27% das mulheres com idade entre 15 e 49 anos já foram vítimas da violência doméstica praticada por maridos, companheiros ou namorados. As cidades onde essa violência foi maior são Salvador, Natal e Fortaleza. Esses são alguns dos dados levantados pela Pesquisa Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.