Começa nesta segunda (25), Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, o evento 16 Dias de Ativismo pela Não Violência Contra a Mulher, que vai até 10 dezembro, Dia Internacional de Direitos Humanos. A campanha foi criada em 1991 por mulheres do Centro para a Liderança Global das Mulheres e é realizada simultaneamente por milhares de ativistas de mais de 160 países. Já o 25 de Novembro foi instituído em 1960, por causa da morte de três dominicadas conhecidas como Mariposas.
Já virou lugar comum. Ao tratar de casos de violência contra a mulher e assassinatos de mulheres, a imprensa sergipana (certamente, essa é uma tendência nacional da nossa mídia) refere-se aos agressores como “companheiros” ou “ex-companheiros”.
Por Paulo Victor Melo*
Neste 25 de novembro, movimentos sociais de todo o mundo fazem um apelo pelo fim da violência contra a mulher. Atualmente, 35% das pessoas de sexo feminino no mundo são ou já foram vítimas de violência física ou sexual. No tocante à igualdade de gênero, entre os países latino-americanos, o Brasil ostenta o pior índice, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Latinbarômetro. A Venezuela, por sua vez, é apontada como o país com maior igualdade.
Por Vanessa Silva, do Vermelho
Em nota oficial, divulgada nesta segunda-feira (25), a ministra da Secretaria Especial de Política para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci, anuncia o início da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que, segundo ela, “deve ser responsabilidade de toda a sociedade. Por isso, é preciso que, cada vez mais, se organizem em todo o país eventos para discutir formas de acabar com tal violência”.
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (25), no Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, que primar pela segurança feminina é condição para uma nação mais justa, cidadã e igualitária. Em sua conta no Twitter, Dilma escreveu que, graças às lutas das mulheres, o Brasil está mudando.
A secretária geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU), Phumzile Mlambo-Ngcuka, divulga mensagem sobre o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres, nesta segunda-feira (25).
A União Brasileira de Mulheres (UBM), com 25 anos de história de lutas pela defesa dos direitos e emancipação da mulher, completados neste ano, reafirma seu compromisso pelos direitos humanos, pela saúde das mulheres e pela construção de um mundo justo, fraterno e solidário.
A União Brasileira de Mulheres organiza um ato ecumênico na próxima segunda-feira, dia 25 de novembro, às 16h, na praça do Congresso (em frente ao Instituto de Educação do Amazonas – IEA) para combater a violência contra a mulher.
As Nações Unidas, na América Latina e Caribe, buscam uma forma de contribuir com a redução da violência contra as mulheres e, para isso, a representação do Fundo da ONU na Nicarágua lançou uma campanha intitulada “O Valente não é Violento”, que espera atingir cem mil jovens, por meio de ações diretas e indiretas, durante três semanas.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), protocolou nesta semana um projeto, em nome das Mesas do Senado e da Câmara, para que seja criada a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher. As duas Casas do Parlamento brasileiro estão participando do movimento “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, que teve início na quarta-feira (20) em mais de 150 países.
Estão abertas, até o dia 15 de dezembro, as inscrições para a segunda edição do Concurso de Curta Documentário sobre a Lei Maria da Penha. Com o tema "Violência contra a mulher, o que você tem a ver com isso? Grave um vídeo. Compartilhe com o mundo!", a iniciativa tem o objetivo de chamar atenção, de uma forma criativa e inovadora, para o problema da violência de gênero e, ao mesmo tempo, conhecer as impressões da sociedade sobre a lei.
A campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres terá atividades ao longo de 23 dias no Congresso Nacional. A bancada feminina aproveita a campanha para conscientizar a população sobre os tipos de violência contra as mulheres previstos na Lei Maria da Penha, evidenciar os trabalhos realizados no Poder Executivo e Legislativo no sentido de aprimorar a lei e propor ações de enfrentamento à violência, bem como estender os espaços de debates com a sociedade.