“Eles invadiram o barraco e eu escondi meus seis filhos, fiquei com muito medo, então apontaram um fuzil na cara do caçula de sete anos, que imagem uma criança vai ter de um policial?”, esse é o relato de Draisse, que cuida de sua família sozinha e mora na ocupação Princesa Isabel, localizada próxima à Cracolândia.
A União Geral de Trabalhadores (UGT) condenou nesta quinta-feira (25) o massacre contra os trabalhadores ocorrido nesta quarta-feira (24) em Brasília. Durante a marcha, a polícia militar do Distrito Federal atacou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e armas letais. Foram 49 feridos no total. Para a central o governo Temer mostrou despreparo para dialogar com trabalhadores e a sociedade, que protestavam contra as reformas trabalhista e previdenciária.
Cerca de 150 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo Brasil ocuparam a Esplanada dos Ministérios em Brasília, nesta quarta (24), contra as reformas trabalhista e previdenciária e pelo fim do governo Temer.
Por Adilson Araújo*
A manifestação do povo contra as reformas do governo Temer e por eleições diretas sofreu um massacre da Polícia Militar e da Força Nacional nesta quarta-feira (24), em decorrência da violência promovida pela Polícia Militar e o uso das Forças Armadas.
A Frente Brasil Popular lançou uma nota repudiando a ação de violência contra os manifestantes participantes da Marcha contra as Reformas Trabalhista e da Previdência ocorrida nesta quarta-feira (24) em Brasília. "O uso das Forças Armadas, de bombas de gás lacrimogêneo e bala de borracha demonstra a atual fraqueza do governo de Michel Temer e seus aliados, ainda mais instável após as inúmeras denúncias de corrupção que envolvem o próprio presidente", diz um trecho do comunicado.
Os trabalhadores dos quatro cantos do país que protestavam em Brasília contra as reformas da Previdência e Trabalhista foram atacados pela Polícia Militar do Distrito Federal com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo na tarde desta quarta-feira (24). A marcha seguia pacífica e se encaminhava ao Congresso Nacional. Dirigentes das centrais de trabalhadores condenaram as agressões.
Por Railídia Carvalho
A presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Tamara Naiz, denunciou agressão que sofreu por Policiais Militares durante a manifestação contra as Reformas trabalhista e da Previdência ocorrida nesta quarta-feira (24). Ela relata que estava com um grupo de familiares e diretores da entidade quando foram surpreendidos pelo ataque gratuito. "É assim que o Estado brasileiro recepciona as pessoas que querem construir um Brasil Melhor", desabafa a jovem.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, gravou um vídeo no início desta quarta-feira (24) denunciando as ações violentas da Polícia militar do Distrito Federal contra os manifestantes que participam do Ocupa Brasília. "Polícia Militar age como gangue e atacam os manifestantes", relata.
A Polícia Militar do Distrito Federal atacou com gás de pimenta e golpes de cassetete manifestantes da marcha dos trabalhadores. O Mídia Ninja flagrou algumas cenas quando a marcha se aproximava da Esplanada dos Ministérios. Em matéria publicada no portal G1 a PM do Estado sinalizou que as medidas poderiam ser repressivas.
No último domingo (21), em plena Virada Cultural de São Paulo, o prefeito João Doria (PSDB), em parceria com o governo do estado, realizou uma operação com quase mil membros das polícias militar e civil e da Guarda Civil Metropolitana na Cracolândia, região central da cidade. Munidos de bombas e balas de borracha, os agentes agiram no intuito de dispersar o grande número de usuários de drogas no local.
Por Laís Gouveia
“Era perto de 6h, quando ouvi tiros, bombas, gritaria. A polícia entrou com tudo. Foi um pavor! Eu só fico me perguntando para onde vai esse povo todo? Será que não percebem que são doentes? Eu não tenho o que comer hoje. Ninguém comprou leite, pão, nada. Tá tudo fechado”.
Sábado, dia 13 de maio, por volta das 18hs, um repórter fotográfico dos Jornalistas Livres teve seu equipamento apreendido pela Polícia Militar depois da Marcha Antifascista que ocorreu no centro de São Paulo. O ato terminou após mais uma intervenção truculenta da PM com bombas de gás e o jornalista foi abordado quando a manifestação já havia terminado.