Julian Assange dar uma entrevista para internautas brasileiros é notícia. É notícia, mesmo se a entrevista não fosse interessante, rica e divertida – afinal, muitas muitas entrevistas suas a dezenas de veículos de imprensa do mundo têm sido reproduzidas pelos sites noticiosos brasileiros.
por Natália Viana, em seu blog
Em entrevista exclusiva aos internautas brasileiros, o fundador da ONG WikiLeaks, Julian Assange, ressaltou a credibilidade das informações — em geral, segredos de Estado — divulgadas no site da organização. Um dos fatores do crédito da ONG, segundo Assange, é seu caráter essencialmente público.
Diretores, donos de canais de televisão e jornais privados venezuelanos solicitaram financiamento a representantes dos Estados Unidos para manter seus respectivos meios de imprensa, denunciou a advogada e investigadora Eva Golinger. Com base em um documento vazado pelo site WikiLeaks, Golinger destacou que o dono do jornal El Nacional, Miguel Henrique Otero, e os da Globovisión, Nelson Mezerhane e Guillermo Zuloaga, se reuniram em 2010 com o diplomata amaericano Patrick Duddy.
Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área – como a Ucrânia – a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.
Depois do sucesso do filme sobre Mark Zuckerberg e seu Facebook, outro fenômeno da internet já toma fôlego para chegar aos cinemas. A história de Julian Assange e seu WikiLeaks ainda não tem data para chegar às livrarias, mas o livro do premiado jornalista australiano Andrew Fowler já teve os direitos vendidos para os produtores de Hollywood Barry Josephson e Michelle Krumm.
Para debatedores, WikiLeaks mostrou ao mundo que a informação deve ser livre
Recebo da jornalista Natália Viana, responsável no Brasil pela divulgação do material do WikiLeaks, o texto abaixo, com um convite interessantíssimo: participar de uma entrevista com o Assange, o homem que deixou a nu a diplomacia dos Estados Unidos.
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador
Um telegrama obtido pelo site WikiLeaks aponta que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) sugeriu que o governo dos Estados Unidos estimulasse a produção de armas no Brasil para conter supostas ameaças da Venezuela, Irã e Rússia.
Os ataques à WikiLeaks e a seu fundador, Julian Assange, constituem uma resposta à revolução na informação que ameaça as velhas ordem de poder, na política e no jornalismo. A incitação ao assassínio trombeteada por figuras públicas nos Estados Unidos, juntamente com tentativa da administração Obama de corromper o direito e remeter Assange para um buraco prisão infernal durante o resto da sua vida são as reações de um sistema opressor revelado como nunca o fora antes.
Por John Pilger, em seu blog
Os tunisianos não precisavam de qualquer novo motivo para protestar, quando tomaram as ruas nas últimas semanas – os preços dos alimentos subindo, corrupção incontrolável, desemprego assustador. Mas pode-se contar a Tunísia como o primeiro caso em que notícias publicadas por WikiLeaks foram, para o povo, a gota d’água. Os protestos são também contra a absoluta falta de liberdade de expressão – inclusive para a WikiLeaks.
Por Elizabeth Dickinson, na Foreign Policy
Despachos diplomáticos vazados pelo WikiLeaks revelam que os EUA pediram ao governo brasileiro, em 2005, a substituição do general brasileiro Augusto Heleno Ribeiro Pereira do comando militar da Minustah, a missão da ONU no Haiti.
Em 2010, dois importantes acontecimentos jornalísticos – Top Secret USA e Wikileaks – mexeram com os ânimos do governo dos Estados Unidos, obrigando-o a intervir severamente, visando a ocultar ao grande público alguns dos dados descobertos, que, se publicados, tornariam a situação ainda mais grave.
Por Yuri Martins Fontes, em Brasil de Fato