Tadeu Lira: “Temos de incorporar nossos filiados à vida partidária” 

Cerca de 90 pessoas atenderam ao chamado do Comitê Municipal do PCdoB do Recife e participaram do primeiro Fórum de Dirigentes e Lideranças de Base, promovido pela direção do partido na Capital, sábado (25). Foram quatro horas de apresentação das condições de funcionamento de cerca das 30 bases espalhadas pelas seis Regiões Político-Administrativas (RPAs) da cidade, que responderam ao questionário da Secretaria de Organização no qual colocaram suas dificuldades e expectativas. 

Tadeu Lira: “Temos de incorporar nossos filiados à vida partidária” - Luciano Siqueira/PCdoB

Ao encontro esteve presentes o presidente estadual do partido, Alanir Cardoso; o vice-prefeito do Recife e dirigente estadual, Luciano Siqueira; o presidente do Comitê Municipal, José Bertotti; o secretário municipal de Organização, Tadeu Lira; e o vereador Almir Fernando.

Presentes ainda integrantes das bases dos Bancários, Juristas, professores estaduais, professores municipais, motociclistas, UPE, UFPE e Cultura; secretarias municipais da Mulher e de Turismo e Esportes; Autarquia de Urbanização (URB-Recife); e Gabinete do Vice-Prefeito, bem como dos bairros de Alto Santa Terezinha, Alto do Pascoal, Alto José Bonifácio, Alto José do Pinho, Casa Amarela, Jardim São Paulo, Barro, Tejipió, Linha do Tiro, Mangueira, Monte Verde e Werneck.

Ao iniciar a reunião, o secretário de Organização do Recife, Tadeu Lira, traçou o quadro das bases instaladas na cidade. Segundo ele, atualmente, o PCdoB Recife está presente em 94 bairros e possui 3.700 filiados.

“Desses filiados, nós registramos nas últimas atividades partidárias a presença de 700 a 800 pessoas, que são os militantes mais ativos. Dessa forma, essas bases precisam buscar os outros filiados. Nós temos um conjunto de filiados que não está organizado nem identificado pelas OBs. Por isso, nós estamos buscando informações junto ao TRE e dados de nossas eleições para localizar esses filiados e chamá-los para se incorporar às 44 OBs existentes”, explicou.

Tadeu destacou ainda que o encontro objetivou “criar uma relação política permanente sobre a questão do partido e de seus resultados, bem como de sua relação com a população”. “Este encontro é, sobretudo, para os camaradas colocarem as questões pertinentes, questionamentos, dúvidas, fazer proposições, que serão levadas para a direção do partido. Este encontro é o início de um processo organizativo”, afirmou.

O PCdoB no governo

“Este é um governo do qual nós participamos e com o qual nos relacionamos. Entretanto, com menos gente, menos recursos e menos estrutura”, disse o vice-prefeito do Recife e dirigente comunista Luciano Siqueira (foto abaixo), ao analisar a relação do PCdoB com o governo socialista, que considerou “absolutamente necessária até mesmo para reforçar o debate levantado pelas falas de diversos companheiros/as que já se manifestaram”.

“A nossa ideia é fazer mais e melhor do que fizemos nos quatro anos passados. Não sei como será. Nós vamos começar agora as reuniões de pactuação de metas. É quando vamos saber o dinheiro que tem e o que é possível fazer em cada área”, explicou.

“Chamo atenção aqui para duas coisas: Este é um governo que quer continuar fazendo bem o que fazia bem, mas quer corrigir coisas que não fez tão bem. É um governo que pretende melhorar seu desempenho na área da Cultura. Isso tem a ver com a nossa luta em cada área? Eu acho que tem. É um governo de uma cidade que se juntar falta de moradia com moradias precárias o déficit habitacional chega a 180 mil moradias. E nós vamos começar agora com uma política habitacional, que vai estar na URB, com o companheiro João Alberto. É um governo com um ousado programa de regularização fundiária, que vai estar também lá URB. É um governo que quer estabelecer novas relações com o movimento popular”, disse.

Luciano destacou ainda que “este governo do qual participamos, que começa agora mais quatro anos de mandato, que é comandado pelo PSB com ajuda muito direta do PCdoB, o principal aliado do governo, e mais 18 legendas partidárias, é um governo que se orienta por um programa avançado, que, no meu entender, corresponde às necessidades fundamentais da população, mas é um governo que vive neste momento um tremendo ajuste fiscal. Nós tínhamos 24 secretarias e reduzimos para 15 secretarias, extinguimos autarquias, transformamos as empresas em autarquias, de 02 de fevereiro para cá mais de 1.300 pessoas foram dispensadas, mais de mil cargos em comissão. Porque ou se fazia isso ou não se teria como pagar a folha”, enfatizou o vice-prefeito e dirigente comunista.

Em tempo: Devido ao volume do material produzido, o registro do primeiro Fórum de Dirigentes e Lideranças de Base do Recife será desdobrado em outras duas matérias, que serão publicadas nestas terça e quarta neste mesmo espaço.

Audicéa Rodrigues
Do Recife