Governo Morales enfrenta nova semana de conflitos

O presidente Evo Morales inicia hoje outra semana de conflitos com motoristas, professores e trabalhadores da saúde, principais protagonistas de uma mobilização que, segundo o governo, está a serviço de interess

O anúncio e as declarações politicamente hostis dos dirigentes do sindicato foram rechaçados pelo vice-ministro da Coordenação dos Movimentos Sociais Alfredo Rada. Ele advertiu que essas atitudes servem aos afãs subversivos contra o Estado de Direito que se propõem impedir a Assembléia Constituinte que será eleita dia 2 de julho.

 

Para ele, os ataques dos dirigentes dos motoristas estão se posicionando contra um governo que busca maior equilíbrio, assim como em relação ao processo de transformações que se impulsionará a partir da Constituinte. Ao mesmo tempo, Rada desmentiu a argumentação dos dirigentes dos motoristas, no sentido de que os pequenos motoristas urbanos também serão obrigados a pagar impostos, e reforçou que esse setor não está incluído em nenhum decreto de tributação.

 

“O governo do presidente Evo Morales não pretende nem agora nem mais pra frente fixar impostos aos motoristas das áreas urbanas”, afirmou tentando impedir que os motoristas continuem apoiando os empresários do setor do transporte interdepartamental. Os trabalhadores apoiaram os empresários com uma paralisação na última quarta-feira, que resolveram estender o protesto para outra jornada, sem a categoria. No dia, o governo cobriu o serviço com veículos das Forças Armadas e outros meios.

 

As confederações de professores e de trabalhadores da saúde também estão preparando protestos exigindo um aumento salarial superior a 7% outorgado pelo executivo e de atenção a outras reclamações.  O presidente Evo Morales acusou durante o fim de semana os dirigentes dessas organizações de se prestar a um plano de desestabilização e não levarem em consideração que o Estado carece de fundos para atender suas exigências.

 

A Confederação de Trabalhadores da Saúde anunciou para amanhã (11) o início de uma paralisação nacional de 48 horas e os professores organizam uma de 24 horas para a próxima semana. Segundo Morales, as ações carecem de sustentação e justificação.

Da Redação
Com informações da
Agência Prensa Latina