Inalcançável, Humala espera por concorrente

Até o momento, o mais provável rival de Humala será García, mas Flores não está descartada porque se obter 6,11% a mais de votos irá superá-lo, já que a diferença é de apenas exatos 95.873 mil votos.

Inalcançável, quando resta pouco mais de um milhão e meio de cédulas para computar, o presidenciável do Partido União pelo Peru, Ollanta Humala, espera hoje saber quem será seu concorrente no segundo turno das eleições. Com 89,5% das urnas processadas (13,16% milhões de cédulas eleitorais), Humala teve 731.866 mil votos válidos a mais que o candidato que está mais próximo, Alan García, do tradicional Partido Aprista Peruano, de centro-esquerda.

 

García, que tem pouco mais de 2,738 milhões de eleitores a seu favor, ainda não pode festejar seu ingresso com segurança na próxima fase da eleição já que a líder da Aliança Unidade Nacional, a conservadora neoliberal Lourdes Flores, ainda disputa voto a voto. Flores vem se mantendo com menos de um ponto percentual que o ex-presidente García (1985-1990) com pouco mais que 2,642 milhões de votos e a esperança de continuar se aproximando com o voto dos estrangeiros (que representam mais de 400 mil eleitores).

 

Com 1,7 milhões de votos para serem contabilizados (que se reduzem a 1,57 se for levado em conta que o índice de ausência no pleito chegou a 10%), a diferença entre o segundo e o terceiro colocado é quase ínfima.

 

Ainda que os principais baluartes de Flores já tenham sido contabilizados, seus simpatizantes põem suas esperanças no voto dos peruanos que vivem fora do país e as mais de 8 mil urnas observadas pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE).

 

Essas perspectivas deixam nervosos os diretores do Apra, que no meio da semana passada pediram a anulação das eleições nas cidades norte-americanas de Nova Iorque e Miami, a argentina La Plata, e as capitais italiana, Milão, e espanhola, Madri. Mas há dois dias García pediu a seus correligionários que retirassem a exigência de nulidade dessas votações, que concentraram a maior parte dos votos fora do país e onde se detectou propaganda eleitoral no dia da eleição a favor de Flores, o que é proibido pela lei eleitoral.

 

Quase dois milhões de peruanos votaram em branco ou anularam consciente ou inconscientemente seus votos. Assim como no Brasil, se não for votar, o eleitor tem que pagar uma multa de 136 soles (cerca de 41 dólares), mais a quarta parte do salário mínimo no país.

 
Da Redação,
Com informações da
Agência Prensa Latina.