Obrador: o que está em jogo são projetos de nação

Ao participar do fórum “Igualdade e bem-estar” ontem, o candidato da coalizão eleitoral “Pelo bem de todos”, integrada pelos partidos da Revolução Democrática (PRD), do Trabalho (PT) e Convergê

A justiça social continua sendo hoje uma questão pendente no México, onde a corrupção propiciou a existência de uma “monstruosa desigualdade”, disse o 

candidato presidencial Andrés Manuel López Obrador. “Do meu ponto de vista, existem dois grandes e graves problemas relacionados intimamente, que se alimentam e nutrem mutuamente: a pobreza e a corrupção”, destacou o ex-prefeito.

 

“Não se trata de uma simples eleição para ver quem vai ser o próximo presidente do México, mas de decidir sobre o projeto de nação que queremos daqui pra frente”, disse Obrador. “Trata-se de se pretendemos que continue a mesma política de injustiça, de opressão, corrupção, privilégios, ou se aspiramos a inaugurar uma etapa nova na vida pública do país”.

 

Por outro lado, o candidato da “Aliança pelo México”, Roberto Madrazo, deplorou durante uma visita ao estado nortenho de Coahuila que a cena eleitoral esteja dominada pela confrontação e não pelo debate de projetos. Ele indicou que não ajuda ele que o presidente (Vicente Fox) esteja aumentando o número de inserções publicitárias sobre as ações de seu governo porque “isso dificulta muito mais o ambiente democrático”.  Este é o momento dos partidos e o que deve estar no ar são as propostas dos candidatos, porque o presidente já está fora do jogo eleitoral, disse.

 

Segundo pesquisas de intenção de voto, López Obrador mantém uma vantagem de quatro pontos sobre o governista Felipe Calderón. Cerca de 38% dos mexicanos votariam no ex-prefeito, e 34% no candidato do Partido de Ação Nacional (PAN). Em terceiro vem Roberto Madrazo, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), com 25%, segundo a pesquisa publicada pelo jornal "El Universal".

 

Da Redação
Com agências