1º de Maio: Brasileiros fazem ato no Japão

Brasileiros que moram e trabalham no Japão vão participar de um grande ato em 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Região Leste de Shizuoka, o encontro será em frente à prefe

A convocatória reforça o sentido histórico da data. “A luta dos trabalhadores por aumentos de salários, redução da jornada de trabalho e melhores condições de vida não e de hoje. Já nos anos de 1894, os trabalhadores já enfrentavam com greve as fúrias do capital”, diz o texto, que cita as antigas jornadas — de até 18 horas — e a exploração contra as mulheres. “Elas eram obrigadas a levarem os seus filhos recém-nascidos juntos às máquinas onde trabalhavam”. É lembrada, também, a longa e brutal tradição do trabalho infantil.

As tensões nas relações de trabalho e a exploração cada vez mais aviltante dos trabalhadores levaram à formação de entidades. “Os operários começavam a se organizarem (sic), criando mecanismo para combaterem os inimigos de classes”, diz a convocatória. “Na época a maior conquista do proletariado foi a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias”.

Nos dias atuais, continua o texto, a luta se dá por melhores salários e condições de vida, além de menor jornada de trabalho. Mas também se impõem as contradições do mundo moderno, em especial o avanço imperialista. “A classe trabalhadora tem atuado junto a todas as forças progressistas que lutam em defesa da paz, da soberania nacional de todas as nações. Nós, trabalhadores, repudiamos todo e qualquer ato de violência, qualquer tipo de invasões, qualquer tipo de transgressões a qualquer povos ou nações. Exemplo bárbaro foi a invasão e ocupação dos territórios iraquianos pelo o imperialismo norte-americano”.

Ainda segundo a convocatória, “o dia 1º de maio não é um dia de festa (…). É um dia de luta. Devemos reafirmar o nosso compromisso com aqueles que tombaram em defesa da liberdade, da igualdade e da justiça social”.

O ato de 1º de maio será em defesa da paz e dos direitos dos trabalhadores. Entre as palavras-de-ordem, constam: “abaixo a exploração”, “abaixo a discriminação aos estrangeiros”, “exigimos direitos iguais”.