Estatísticas revelam realidade dramática do Haiti

Após 24 anos, foi divulgado na quarta-feira, 10, o primeiro informe do Censo no Haiti. O documento revela que a metade da população do país tem menos de 20 anos, que a taxa de desemprego é de 33% e que a taxa de presença na esc

Além disso, um estudo relacionado mostra que a mortalidade materna no Haiti é, de longe, a mais alta da região, com 523 mortes por 100 mil nascimentos vivos. 

Assim também, segundo outro estudo, a nação caribenha tem a taxa mais alta de freqüência de HIV/Aids na região. Os cálculos oscilam entre 4% e 5% da população.

O censo foi implementado em cinco etapas pelo Ministério de Finanças e pelo Instituto de Informática e Estatística (IHSI). Este censo, baseado em dados compilados em 2003, é o quarto realizado no Haiti, seguindo os de 1982, 1971 e 1950 respectivamente. A realização do estudo significou a participação de 25 mil pessoas e custou cerca de 8 milhões de dólares.

Hoje, o Haiti tem 8,4 milhões de habitantes e o aumento da taxa demográfica é de 5% ao ano. A taxa de fertilidade é de quatro crianças por cada mulher; a expectativa de vida chega a apenas 56 anos (mulheres) e 53 anos (homens). A taxa de urbanização é de 40% e a taxa de alfabetização em adultos chega 59%.

O Censo revela ainda que o Haiti tem os indicadores sociais mais alarmantes da região, como, por exemplo, uma de cada oito crianças morrendo antes de completar cinco anos; e uma de cada 14 crinaças morrendo antes de completar um ano.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUP), que cooperou com o financiamento do Censo, a própria estrutura da população, majoritariamente de jovens, significa que se deve dedicar mais recursos aos serviços de educação e saúde reprodutiva.

O Haiti ocupou, no ano passado, o número 153 em uma lista de 177 países preparada pelo Programa de Desenvolvimento Humano sobre mortalidade materna. Comparado com outros Estados da região, está a 30 posições de distância de Barbados e a 52 de Cuba.

Fonte: Adital