Deputada Estadual do PCdoB do Pará cobra agilidade no julgamento dos assassinos de Adão Lote

A deputada Sandra Batista usou a tribuna da Assembléia Legislativa no dia 30 de maio para lembrar os três anos do assassinato do vereador de Tucumã, Adão Lote, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), e fazer um pronunciamento co

Adão Lote foi assassinado dentro de casa por dois pistoleiros no dia 13 de maio de 2003. Sua esposa e seu filho de 12 anos presenciaram a execução. Sandra disse que a data é lembrada com indignação por todos aqueles o conheciam e que lutam por uma sociedade mais justa, pela defesa dos direitos humanos e por justiça em nosso país.
 
O Vereador Adão Lote passou a ser perseguido pelos poderosos de Tucumã após fazer diversas denúncias de irregularidades e desvios de recursos públicos envolvendo o prefeito do município na época, Celso Lopes Cardoso, e se vice, Aparecido Rodrigues.
 
A ousadia dos mandantes, intermediário e pistoleiros revela a confiança na impunidade num estado campeão no crime da pistolagem. Na época o crime abalou não só o município de Tucumã, mas todo o estado. Segundo consta nas investigações, os pistoleiros receberam a quantia de R$ 27 mil reais para invadir a casa do vereador Adão Lote e assassiná-lo de forma cruel e covarde.
 
Três anos depois, a realidade é que todos os acusados estão em liberdade mesmo depois de terem sido acusados pelo Ministério Público de encomendar a morte do vereador e denunciados pelo promotor Ricardo Albuquerque. Os participantes foram ainda enquadrados nos artigos 154 e 121, ou seja, de crime contra a pessoa e homicídio qualificado.
 
O ex-prefeito Celso Lopes, apesar de morar em Goiânia (GO), possui fazenda no município e, através de seus aliados, estão sempre promovendo encontros com o objetivo de retornar ao poder. O ex-vice-prefeito, Aparecido Rodrigues, ainda é morador de Tucumã. Já o comerciante Avercino Mota Reis, acusado de ser o intermediário do crime, é atualmente morador de São Félix do Xingu, assim como o pistoleiro Divino Marciano, o "Xerém", acusado de ser o executor de Adão Lote.
 
O processo está no fórum de Tucumã em fase de instrução processual desde o final de 2003 sendo, que até hoje não foram ouvidas as principais testemunhas do caso, pois o promotor de justiça, que responde pela comarca de Tucumã, é da comarca de Xinguara e vai àquele município apenas uma vez por semana  para acompanhar todos os processos.
 
“Este crime é mais um a engrossar o rol das estatísticas da morosidade da justiça e da impunidade em nosso Estado e em nosso País”, disse a deputada Sandra Batista. “Figura ainda como um crime político, de um vereador que tinha seu mandado vinculado na luta por justiça social, e de compromisso com o povo que o elegeu, mais um lutador do povo calado pela pistolagem”, acrescentou.
 
A deputada solicitou, através de requerimento ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE) e ao Ministério Público (MP), que a comarca de Tucumã agilize o andamento do processo que apura o caso.
 
 

 Fonte: Mandato Popular da Deputada Sandra Batista