Dieese: RJ tem a maior queda nos preços dos alimentos básicos
Das 16 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, a metade registrou queda, em maio. As principais retrações foram apuradas no R
Publicado 07/06/2006 20:59 | Editado 04/03/2020 17:06
O custo da cesta básica apresenta queda na maior parte das capitais pesquisadas tanto quando se considera a variação acumulada entre janeiro e maio deste ano quanto quando se leva em conta o acumulado em um ano (entre junho de 2005 e maio último). As cestas mais baratas continuaram a ser encontradas no Nordeste: Fortaleza (R$ 133,77) e Aracaju (R$ 138,41).
Nos cinco primeiros meses deste ano, o custo dos gêneros de primeira necessidade registrou retração em 10 capitais, principalmente nas cidades do Centro-Sul do país.
Preço do feijão e do arroz em queda
O feijão apresentou queda em 12 cidades, comportamento que ocorreu tanto para o feijão preto (recuo em todas as seis capitais onde seu preço é acompanhado) quanto para o de cores (redução em seis das 10 cidades). As maiores variações negativas verificaram-se em Aracaju (-11,58%), Porto Alegre (-11,00%) e Belo Horizonte (-10,80%). Em todas as quatro capitais em que foram apuradas pequenas altas, o Dieese acompanha o preço do feijão de cores: Recife (1,05%), Natal (0,83%), João Pessoa (0,76%) e Belém (0,41%).
O preço do arroz recuou em 11 capitais, com os movimentos mais significativos apurados em Curitiba (-7,48%), Recife (-5,68%), Florianópolis (-5,04%) e São Paulo (-4,76%). No período anual, foi apurada retração em todas as 16 capitais, com variações entre -4,76% (em Goiânia) e -24,96% (em Fortaleza). O arroz está em período de safra o que explica, em parte, o barateamento, para o qual contribui também, a concorrência com a importação do Uruguai.
O tomate – produto sempre sujeito a oscilações – apresentou equilíbrio entre o número de capitais com alta e com queda. Dentre as localidades com aumento, os destaques foram Fortaleza (68,37%) e Salvador (50,00%). Já as principais retrações ocorreram no Rio de Janeiro (-19,56%) e Curitiba (-17,29%). Em 12 meses, o preço do tomate caiu em 11 capitais – as quedas mais expressivas ocorreram em Belo Horizonte (-27,82%) e Porto Alegre (-27,21%), enquanto dentre as cinco cidades onde houve aumento, os destaques foram Natal (20,23%) e João Pessoa (16,36%).