García garante que quer unidade latino-americana

O presidente eleito peruano, Alan García, assegurou hoje que em seu governo, que se inicia no próximo dia 28 de julho, sua política externa estará voltada para a conformação da unidade latino-americana em marcha n

Sobre o Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, agora pendente da ratificação por ambos Congressos, García afirmou que o apoiará se resolver os graves problemas sociais do país. “O TLC não deve ser unidirecional e inclusive devemos buscar um contrapeso importante na assinatura de acordos comerciais com a União Européia (EU) e outros blocos”, afirmou García, que obteve mais de 6,9 milhões de votos.

 

Nesse sentido, lembrou que a União Européia prefere negociar esse acordo no marco da Comunidade Andina de Nações (CAN), e por isso pediu ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, para não se retirar da instituição criada em 1969. Integrada também por Bolívia, Equador e Colômbia, a CAN enfrenta desde abril passada uma crise depois de uma séria crise depois da saída da Venezuela, motivada pela negociação por Lima e Bogotá do TLC com os EUA, o que seria lesivo para os interesses de unidade do grupo.

 

García expressou que quer uma relação normal com a Venezuela. Não obstante, evitou se pronunciar se nomeará um embaixador para o país porque desde o início de maio ambas sedes diplomáticas funcionam em nível de encarregados de negócios. Sobre o futuro gabinete preferiu não adiantar nomes e disse que serão conhecidos umas horas antes de jurar o cargo ante o Congresso, que também estará sendo inaugurado no próximo dia 28 de julho. Ele também asseverou que estaria integrado por várias mulheres e personalidades de outras forças políticas.

 

O presidente eleito expressou que em matéria econômica sua estratégia será atrair mias investimentos para o Peru, com garantia de estabilidade política e segurança jurídica, que, uma vez regulada, beneficie aos setores mais pobres do país. O líder do Apra disse que implementará a mudança da matriz petrolífera da nação para um esquema de uso massivo do gás, o que permitirá terminar com a dependência econômica que envolve pagar altos custos pelo petróleo.

 

Reeleito para o período 2006-2011, García manifestou que seu governo lutará pela ampliação da base de emprego do país mediante o apoio à pequena e média empresa e o estímulo à chamada agricultura andina. O dirigente aprista é considerado um dos piores presidentes do país por sua gestão entre os anos de 1985 e 1990.

Com agências