Pobres assistem como convidados a reunião do G-8

Os ministros de Finanças do G-8 (grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo, mais a Rússia) e de outros países convidados iniciam nesta sexta-feira, em São Petersburgo, na Rússia, uma reunião preparatória para a cúpula que acontecerá e

Brasil, China, Índia, Austrália, Coréia do Sul e Nigéria são os países convidados, informou a agência Interfax. Também participam da reunião os dirigentes do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para o Desenvolvimento Econômico e o Comércio (OCDE), assim como o ministro das Finanças da Áustria, país que preside atualmente a União Européia (UE).
As reuniões de trabalho serão no sábado, quando os ministros vão discutir assuntos como os altos preços do petróleo e seu impacto na economia mundial, a luta contra as doenças infecciosas, o acesso dos países mais pobres aos recursos energéticos e aos programas de gestão financeira. Além disso, os ministros do G-8, em reuniões com os convidados, vão debater a administração das finanças públicas e o papel dos “emergentes” nos programas de desenvolvimento econômico internacional.
Osfan
Segundo a Ong Oxfan, os países mais ricos do planeta não cumpriram a promessa de ajudar os países mais pobres feita durante a reunião de cúpula do ano passado em Gleneagles, Escócia. Apesar do cancelamento da dívida multilateral de quase 40 países com o Banco Mundial e o FMI ter começado a dar frutos, um relatório da Oxfam lembra que "é necessário obter 10 bilhões de dólares durante um ano para que cada criança possa ir à escola e 27 bilhões para fornecer ajuda de saúde básica a todo o mundo".
Segundo a Oxfam, que analisou de maneira minuciosa a maneira de calcular os cancelamentos das dívidas nos últimos 12 meses, o aumento anunciado da ajuda internacional não passa de um "artifício contábil". Oficialmente, as contribuições do G8 aumentaram 37% em 2005, em comparação com 2004. No entanto, segundo a Oxfam, apenas os acordos de cancelamento da dívida do Iraque e da Nigéria representam 17 dos 21 bilhões de dólares de aumentos anunciados no ano passado. "No caso de França, Alemanha e Reino Unido, sua ajuda, de fato, diminuiu no último ano se levarmos em consideração este mecanismo de cálculo", denuncia o relatório.
Com agências