Questão de classe: FHC defende mordomia e provoca Lula

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) diz sentir saudade das pessoas e do palácio presidencial. "Acima de tudo, eu tenho de dizer, talvez seja bobagem, mas eu gosto de helicópteros e como presidente eu tinha helicópteros para me levar para

O neoliberal aproveitou uma participação especial em um programa de música erudita em uma rádio de Nova York (Estados Unidos) para provocar o presidente Luis Inácio Lula da Silva. Questionado sobre se já tinha conversado de música com o presidente Lula, FHC disse: "Não. Eu não sei se Lula gosta de música. Talvez. Mas certamente não música clássica". FHC foi o convidado do programa de rádio Mad About Music (Louco por Música), gravado no Carnegie Hall, No programa, FHC escolheu sete músicas. Duas são brasileiras (Bachianas Brasileiras nº 5, de Heitor Villa-Lobos, e Lua de São Jorge, de Caetano Veloso). Perguntado pelo apresentador, Gilbert Kaplan, FHC “analisou” as diferenças entre o tango e o samba. "O tango está esperando por um desastre. O Brasil é o oposto, nós estamos esperando por uma vida melhor", disse.

 

FHC é o ícone de um pequeno setor do Brasil que se imagina mais capaz, mais limpo, gente melhor do que os seres considerados primitivos por serem descendentes de negros e índios. Rejeitado pelos brasileiros, ele encontrou nos Estados Unidos um lugar perfeito para exercitar a sua habitual soberba. Recentemente, o Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou uma queixa-crime contra ele por conta de declarações à imprensa agredindo o governo e o partido. Ao entrar em cena atirando para todos os lados, FHC abriu a temporada de baixarias que estão permeando o debate eleitoral deste ano. Atrás dele vieram outros, com o mesmo discurso moralista e desprovido de integridade.

 

 

Com agências