PCdoB/Bahia mantém Olívia para senadora e define apoio a Wagner

A manutenção do pleito da candidatura de Olívia Santana para senadora e a defesa de uma candidatura única ao Senado Federal das forças políticas na Bahia que se unem em torno das candidaturas de Jacques Wagner (PT) para governado

A candidatura de Olívia foi saudada entusiasticamente pelo plenário no ato político de abertura da Convenção, que contou com a participação de nomes de outras legendas que pleiteiam a vaga do Senado. Após a abertura feita pelo presidente estadual do Partido, Péricles de Souza, saudaram a Convenção o presidente estadual do PMDB e deputado federal Geddel Vieira Lima e o ex–governador João Durval (PDT) que têm seus nomes também cogitados para candidatos a senador. Tudo indica que a definição da chapa majoritária que tem à frente o nome de Wagner para governador deverá ocorrer somente no final do mês de junho.
Olívia Santana falou sobre a importância de reeleição de Lula e defendeu na Bahia uma chapa ampla, unitária, que possa incorporar as forças que apóiam Lula. Quanto à sua candidatura disse que quando se apresenta o nome de uma mulher, negra e comunista para o Senado Federal, não significa apenas uma acomodação de chapa. “Significa contribuir com a política baiana e com a luta dos negros por igualdade”, disse Olívia.
Falaram ainda na Convenção a deputada federal Alice Portugal, o deputado estadual Daniel Almeida e o secretário de Educação e Cultura de Salvador, Ney Campello, que representou o prefeito João Henrique (PDT).
 
Muitos aplausos para Jacques Wagner
 

O pré-candidato a governador Jacques Wagner foi muito aplaudido pelo seu discurso na Convenção. Ele iniciou ressaltando que sua candidatura não é um projeto pessoal. “A minha candidatura faz parte do  projeto de construção de uma Bahia democrática, desenvolvida economicamente e com justiça social”. Em seguida, ele saudou o PCdoB e sua militância. Wagner registrou que na década de 70 militou no PCdoB e que parte das convicções com que trabalha são oriundas da mesma matriz que anima a militância presente na Convenção. “Aprendi com o PCdoB que só se faz política quando se tem objetivos históricos, quando se tem convicções. É a  firmeza de propósitos que nos possibilita a flexibilidade na forma. Aqueles, como o PCdoB, que sabem aonde chegar, vêem a importância de abrir espaço para alianças mais amplas para derrotar o adversário principal e fazer avançar a luta do povo”. Em seguida, ele se dirigiu a Olívia, João Durval e Geddel: “Alegre daquele pré – candidato que como eu que pode ter três nomes, figuras políticas importantes na Bahia com condições de  integrar a chapa majoritária”. Wagner afirmou que está demonstrada a maturidade da oposição na Bahia. “Não se trata de uma disputa descabida, porque as três pré-candidaturas ao senado já manifestaram que o mais importante  é a unidade que está sendo construída para varrer do nosso Estado a concepção que desde 1964 invadiu a Bahia. Essa concepção antes se chamava de Arena, depois de PDS e hoje se chama PFL que entristece a alegria natural do povo baiano. O Brasil se libertou da ditadura militar a 21 anos, mas  a nossa terra, continua dominada pelo PFL que governa a Bahia como se a ditadura militar ainda existisse, subvertendo a lógica da democracia”.

Wagner em seguida falou dos êxitos do Governo Lula e da parceria antiga do PCdoB com o projeto que elegeu Lula.
 
Renato Rabelo: “Não subestimar a dimensão da batalha”
 
Presente à Convenção da Bahia, o presidente nacional do Partido, Renato Rabelo falou da necessidade de  “Não subestimar a dimensão da batalha, não considerar que é uma batalha ganha sobretudo para a presidência da República.A tendência é favorável à Lula, mas não quer dizer que a batalha está decidida.  Isso vai requerer de nossa parte um esforço muito grande”. Sobre as eleições na Bahia, o presidente do PCdoB disse que “É uma batalha difícil, mas  é preciso virar o jogo para eleger o Jacques Wagner governador. É importante  que o povo compreenda cada vez mais que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), é uma figura política superada e que o candidato ao governo do PFL (Paulo Souto) é o candidato dele, apesar de procurar às vezes até aparecer como independente. É preciso desmascar esse jogo do grupo do senador ACM, os carlistas”. Renato lembra ainda que toda batalha tem um objetivo mais destacado. “Diante do objetivo de impedir a volta da direita, reeleger Lula e eleger Wagner temos na Bahia que unir forças e não procurar ressaltar as contradições entre as forças que compõe conosco nesse momento”.
 
Elogios aos comunistas baianos
 
Renato Rabelo destacou a combatividade do PCdoB na Bahia.“É um partido que possui muitos quadros com experiência política, tem uma trajetória de luta. A confiança maior que temos é de que o Partido compreende qual é o objetivo da batalha neste ano e isso é uma garantia de êxito”.
 
A Convenção Estadual prosseguiu à tarde e aprovou a lista de candidatos e candidatas do PCdoB às eleições proporcionais e delegou poderes à Comissão Política  Estadual para, até o registro das candidaturas, fazer os necessários ajustes quanto às coligações  e composição das chapas majoritárias e proporcionais. Confira as candidaturas proporcionais na Bahia.
Para a Câmara Federal são três candidaturas: os atuais deputados Alice Portugal e Daniel Almeida e o vice-prefeito Pedro Marcelino, cuja candidatura tem grande aceitação no município de Alagoinhas e região.  A chapa para a Assembléia Legislativa é mais extensa, além dos três atuais deputados (Álvaro Gomes, Edson Pimenta e Javier Alfaya), integram a lista Aladilce (vereadora em Salvador); Messias Gonzaga (ex-vereador em Feira de Santana); Kelly Magalhães (vereadora em Barreiras); Luis Sena (vereador em Itabuna); Manuela Brandão (vereadora em Jacobina); Helber Pacheco (líder popular em Várzea da Roça); Elisabeth Costa (médica, dirigente sindical e militante na área do Baixo Sul); e Gilberto Santos (dirigente sindical em Teixeira de Freitas).