Ibope mostra que denuncismo não ajudou oposição, diz Tarso

O ministro Tarso Genro ressaltou a alta rejeição do candidato tucano, Geraldo Alckmin —apontada pela pesquisa Ibope—, como um sinal de que há um esgotamento da fase denuncista da oposição. Já os oposicionistas receb

Após o anúncio da pesquisa CNI-Ibope, o ministro das Relações Institucionais e coordenador político do governo, Tarso Genro, ressaltou a alta rejeição do candidato tucano, Geraldo Alckmin, como um sinal de que há um esgotamento da fase denuncista da oposição. De acordo com a pesquisa, Lula é o candidato que tem o menor índice de rejeição. Entre os entrevistados, 28% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição de Geraldo Alckmin é de 34% e a de Heloisa Helena chega a 36%.

"A pesquisa mostra que a estratégia que os tucanos desenvolveram não mostrou nenhuma eficácia. O crescimento da rejeição de Alckmin é um sinal de que a população quer discutir propostas para o país. Estamos numa fase do esgotamento do denuncismo. Chegou num ponto em que as pessoas perceberam que a oposição estava numa tentativa de desestabilizar e perturbar os trabalhos do governo. E a população reagiu de maneira oposta", disse o ministro.

Tarso disse ainda que a pesquisa mostra que a população está aprovando as políticas públicas adotadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Oposição tenta minimizar números desfavoráveis

Já os oposicionistas receberam com desdém a pesquisa do Ibope. "Tem áreas no Nordeste em que mais 70% da população não conhece o Geraldo Alckmin. No grupo em que ele é conhecido, já está na frente e onde ele não é, não tem como ter votos", afirmou o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador nacional da campanha do tucano.

O chamado "índice de desconhecimento" –medido pelo Ibope– foi de 1% no caso do presidente Lula e de 18% para o candidato da aliança PSDB-PFL.

Na avaliação do coordenador tucano, somente com o início da propaganda eleitoral na televisão é que Alckmin conseguirá reverter os índices favoráveis a Lula.

O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), também aposta que em julho o cenário irá se equilibrar. "Ele vai crescer inevitavelmente com o início da propaganda política. Para crescer, vai tirar os votos de alguém e de alguém que tem mais, que é o Lula", disse ele.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ironizou a expectativa dos aliados de Alckmin. Segundo ele, a oposição já gastou quase 1 ano atacando o presidente Lula, sem reflexos nas pesquisas.

"O tempo de rádio e TV será bem menor. Não acredito que haverá condições para que a oposição descontrua a candidatura do presidente Lula", afirmou.

Da redação,
com informações das agências