Itália: Prodi obtém vitória em referendo sobre constituição

Os italianos rejeitaram no referendo realizado neste domingo e hoje (26) a reforma da Constituição, segundo dados provisórios fornecidos após a apuração de 60.373 dos 60.978 colégios e

O "não" era a opção apoiada pelo governo de Romano Prodi, enquanto a direita, liderada por Silvio Berlusconi, pedia aos eleitores que apoiassem as mudanças, que foram aprovadas pelo Parlamento na legislatura passada.

Por enquanto, o Ministério do Interior não divulgou dados sobre a participação total. No primeiro dia de votação, 35% dos mais de 47 milhões de italianos aptos a votar foram às urnas.

No domingo, a maior participação foi registrada nas regiões do norte da Itália (41%), onde segundo os analistas haveria maior apoio às mudanças constitucionais, sendo mais reduzido no centro (37%) e no sul (25,8%).

A taxa de participação eleitoral não influenciará na validação do plebiscito, que será vencido pela opção que obtiver a maioria simples dos votos. Caso ocorra uma vitória do sim, apesar das pesquisas apontarem o contrário, mais de 50 pontos da Constituição italiana de 1948 serão alterados.

Seriam reformados pontos constitucionais que interferem na saúde pública, na educação e Polícia local. A reforma também afetaria o denominado Tribunal Constitucional, já que o Senado federal teria poder para escolher quatro de seus 15 membros e a Câmara dos Deputados poderia designar três, frente aos cinco eleitos atualmente pelas duas casas.

Em duas legislaturas, em 2016, entraria em vigor a redução do número de parlamentares, que passariam de 630 para 518 na Câmara dos Deputados e de 315 para 252 no Senado, que teria caráter de câmara federal.