Camponeses peruanos marcham amanhã contra TLC

O secretário geral da Confederação Camponesa do Peru, Antolin Huascar, fez um chamado aos congressistas. "Por favor, vocês são na maioria provincianos e ao ratificar estariam traindo o campesinato que os elegeu escolheu pelo voto popular". Diante da possibilidade de que o governo de Alejandro Toledo e o Congresso do Peru aprove nos próximos dias o controvertido acordo comercial, os manfestantes esperam que as ações sirvam para reverter esta decisão que avaliam que não trará benefícios para o país.

Para o líder do Partido Nacionalista Peruano, Ollanta Humala, este acordo não propiciará o desenvolvimento do Peru e que os detalhes importantes não têm sido devidamente discutidos. "Estamos vendo que este TLC é o mesmo projeto que fez para todos os países que têm características subdesenvolvidas e que vivem da exportação ou venda de seus recursos naturais", disse Humala.

Por outro lado, Javier Diez Canseco do Partido Socialista Peruano, também comentou que "através desse tratado se aprova em um só voto vários outros tratados internacionais que não têm sido nem examinados nem avaliados mas que se aprovem com este mesmo tratado como uma obrigação do Peru".

Entre as solicitações do sindicato camponês está a convocação de uma consulta popular para que seja o povo peruano o que decida sobre a aprovação ou não do acordo. No último dia 6 de junho, se iniciou no Congresso do Peru o debate e análise dos pontos que fazem parte do acordo comercial. Espera-se que o processo de votação se realize nos próximos dias.

Da Redação

Com agências.