Aumenta tendência de desemprego no Chile

Com níveis próximos a nove por cento durante os meses de inverno, o índice de desemprego no Chile será superior aos de 2005, segundo previsões. Os especialistas prevêm que o índice irá superar entre 0,2 e 0,5 pontos per

Se isso se confirmar, a cifra estaria muito próxima aos 8,7 registrados no último trimestre (março-maio). O número total de desempregados no país supera a casa dos 570 mil. Os maiores índices estão nas regiões do Atacama (no Norte) e Biobío (no Sul), com 10,5 e 11,5 por cento, respectivamente.

 

Nessas regiões, o governo anunciou que reforçará as atuais políticas que buscam impulsionar o emprego e que fazem parte do Plano Mais Trabalho, incluído nas 36 medidas dos primeiros 100 dias do governo da presidente Michelle Bachelet. Para o economista Tomás Flores, do conservador Instituto Liberdade e Desenvolvimento, "longe de estar superado, o desemprego continua estando tão vigente como nos últimos anos" e os planos de emprego e impulso fical são insuficientes. Há mais de uma década que o desemprego na província de Arica supera os dois dígitos. Segundo o Instituto Nacional de Estatítistacas, no último trimestre foi de 11,9%, o que reafirma essa tendência.

 

O presidente regional da Central Unitária de Trabalhadores, Julio Olivares, se queixou de que os incentivos governamentais não consigam atrair grandes investimentos privados e tampouco o governo desenvolva um grande plano de obras públicas. Por outro lado, o secretário regional do Ministério de Planificação, Fernando Cabrales, reconheceu o caráter "estrutural" do desemprego, com uma leve baixa estagnada pela demanda de mão de obra agrícola.

 

Mais ao Sul, na Região do Atacama, as autoridades esperam melhorar a situação com os mais de três bilhões de dólares em investimentos para projetos como Pascua Lama, Agrosuper e a ampliação da termoelétrica Guacolda. "Muita gente acredita que chega a Copiapó (capital regional) e que imediatamente uma empresa vai os contratar, mas não é assim", afirma a secretária do Ministério de Economia, Juana Ramírez.

 

Da Redação

Com agências.