Dirigentes de 3 centrais sindicais planejam campanha de Lula

A reunião foi a primeira de uma série que o coordenador nacional de mobilização da campanha, João Felício, irá fazer com os movimentos de base favoráveis à continuidade do projeto democrático e popular do atual governo.

No encontro, os sindicalistas decidiram criar um Comitê Sindical Nacional, que deverá ficar em São Paulo, e estimular a instalação de comitês regionais em todos os Estados, bem como nas maiores cidades do país.

Os sindicalistas também marcaram para 1º de setembro uma grande mobilização da classe trabalhadora em favor da reeleição de Lula. Segundo Felício, a idéia é fazer, nesse dia, manifestações de rua em todas as capitais brasileiras.

Antes, provavelmente em 19 de agosto, haverá uma plenária nacional de sindicalistas, em local ainda a ser definido. Felício calcula que existam pelo menos 70 mil dirigentes dispostos a apoiar Lula.

“A idéia é de que os dirigentes se transformem em militantes, recuperando um papel que já tiveram no passado. Esse é um processo eleitoral em que os direitos dos trabalhadores estão em jogo. E Lula é a única garantia de manutenção e ampliação desses direitos”, afirmou Felício.

O coordenador de mobilização, que também é secretário Nacional Sindical do PT, lembrou dos avanços obtidos pelos trabalhadores no atual governo, entre eles os aumentos reais do salário mínimo, os ganhos acima da inflação da maioria das categorias e a geração de 4 milhões de empregos com carteira assinada.

“Não estamos apoiando o Lula simplesmente porque somos militantes do PT, do PCdoB, do PSB etc. Eu costumo dizer que, para os trabalhadores brasileiros, apoiar a reeleição de Lula é um gesto de autodefesa”, definiu Felício.

Movimentos Sociais

A próxima reunião de mobilização está marcada para terça-feira que vem, dia 11, e terá a participação de dirigentes da UNE (União Nacional dos Estudantes), do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), da CMP (Central de Movimentos Populares) e de representantes de várias outras entidades.

Segundo Felício, a intenção é organizar grandes manifestações nacionais também com estes grupos, além da que já está marcada com os sindicalistas. Em princípio, seriam mais quatro atos envolvendo mulheres, negros, juventude e movimento social. Pode haver ainda atividades temáticas em áreas como Educação, Saúde e Agricultura, por exemplo.

Também será discutida, no dia 11, a criação de Comitês Populares por todo o país. “Queremos sair um pouco daquela idéia de que a campanha se faz só com rádio e televisão. Vamos incentivar a mobilização da sociedade. Se você apóia Lula, sua casa pode se transformar num comitê eleitoral”, explicou.

O encontro também será na sede do PT Nacional (rua Silveira Martins, 132, Centro de São Paulo), a partir das 10h.