Simpatizantes de Obrador marcham em direção à capital mexicana 

Milhares de simpatizantes do candidato mexicano Andrés Manuel Obrador estão desde a noite desta quarta-feira em marcha rumo à capital do país. A intenção das lideranças oposicionistas é realizar um novo grande ato no próximo domingo, em protesto pelas

Manifestantes de mais de 300 seções eleitorais do país partiram em centenas de ônibus rumo à capital – em algumas cidades, os apoiadores de Obrador organizaram marchas para realizar o percurso a cavalo e até mesmo a pé. A intenção dos organizadores é reunir ainda mais simpatizantes durante o caminho, além de realizar pequenos protestos ao longo da viagem.


 


Nova assembléia informativa


 


No domingo, a concentração das manifestações deve ocorrer na Praça do Zócalo, tradicional local de protestos na capital mexicana. Durante o ato, Obrador realizará uma segunda assembléia informativa para informar quais serão seus próximos passos. Em seguida, acontecerá uma grande passeta pelas ruas da cidade, com o propósito de exigir a recontagem de todas as urnas do país, voto por voto.


 


Em Tabasco, terra natal de Obrador, centenas de manifestantes partiram rumo à Cidade do México. O grupo definiu o percurso a ser percorrido como uma ''Marcha Nacional pela Democracia'', composta por setores de toda a sociedade que condenam a fraude eleitoral ocorrida no país.


 


No último sábado, mais de 300 mil mexicanos se uniram a Obrador, também na Praça do Zócalo, para protestar contra os resultados anunciados. Segundo os manifestantes, serão realizados inúmeros atos até que as exigências do candidato de centro-esquerda sejam cumpridas pelo Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF).


 


''Eu venci''


Obrador, ex-prefeito da Cidade do México, declarou em entrevista coletiva realizada na noite desta quarta-feira que tem convicção do verdadeiro resultado das eleições. ''Eu venci e estou cada vez mais certo disso'', disse.


 


A convicção de Obrador se baseia nas diversas comprovações de fraudes ocorridas durante as eleições presidenciais, realizadas no dia 2 de julho. ''As irregularidades são gravíssimas e não podem ser um simples erro'', afirmou.


 


Apesar de o candidato de direita, Fellipe Calderón, se declarar vencedor das eleições, o governo mexicano não o reconhece como tal. ''Haverá um presidente eleito uma vez que o Tribunal assim o decida'', segundo o porta-voz da presidência, Rubén Aguilar.


 


O TEPJF tem até 31 de agosto para analisar as mais de 300 impugnações apresentadas contra o resultado das eleições mexicanas. Estima-se que até o dia 6 de setembro será anunciado oficialmente o nome do próximo presidente do país.