CUT, UNE e MST preparam atos contra terrorismo de Israel

O presidente da Associação Islâmica de São Paulo, Mohamad Sami El Kadri, visitou nesta sexta-feira (14/07) a sede nacional da CUT. El Kadri a crise humanitária vivida pelo povo palestino e as recentes agressões praticadas pelo governo israelense contra

Na próxima segunda-feira (17), informou Mohamad, haverá uma reunião com as entidades islâmicas de todo o Estado e, na terça (18), um novo encontro ampliado com a participação de entidades do movimento social e popular, para debater a organização de uma mobilização de rua 'contra a política de terrorismo de Estado de Israel'. Nessa semana, quatro brasileiros que passavam férias no Líbano foram assassinados covardemente enquanto dormiam, pois a casa onde se encontravam foi bombardeada pelos israelenses.


 


'É preciso pôr fim à política de exploração, usurpação e barbárie que vem sendo aplicada pelo governo israelense contra a população civil de Gaza e, agora, do Líbano, como forma de punição coletiva. Bombardear aeroportos, estradas, centrais elétricas e pontes, destruindo a infra-estrutura dos países para alastrar o sofrimento dos povos é uma prática nazista', denunciou Mohamad. 'Queríamos e queremos ter o povo judeu como aliado contra estes crimes. Mas, infelizmente, o governo de Israel copia os métodos de Hitler'.


 


Em pleno século 21, declarou o dirigente islâmico, 'é inaceitável a manutenção de um regime de discriminação e segregação racial, como o sionista, que trabalha pela eliminação de quem se opuser à sua irracionalidade'. Mohamad condenou ainda a postura do governo norte-americano, 'que vetou antes do debate qualquer possibilidade de sanção ao governo israelense pelos crimes praticados, se sobrepondo aos direitos humanos, acordos e convenções internacionais'. É importante alertar, enfatizou, 'que o imperialismo se soma às agressões de Israel, que bombardeia fisicamente, com a asfixia econômica dos territórios ocupados, provocando uma crise humanitária'.


 


Hipocrisia
'Em razão do Hamas ter ganhado as últimas eleições, alguns países europeus, que se dizem muito democráticos, estão tentando minar a sustentação dos seus programas sociais, cujo reconhecimento público lhe deu a vitória, como os serviços sociais nos hospitais, creches, escolas e centros comunitários. Volto a repetir: é inaceitável que ao bombardeio físico, se some este bombardeio econômico que tem custado a vida de tantos inocentes', acrescentou.


 


Na avaliação de Mohamad, a luta do povo palestino sairá vencedora, 'porque é uma luta universal, já que carrega consigo os valores da justiça, da liberdade e dos direitos humanos, enfrentando a barbárie praticada pelo Estado sionista e pelo imperialismo'.


 


O dirigente islâmico lembrou da identificação dos árabes com o povo brasileiro: 'somos muito parecidos pela receptividade e hospitalidade, portanto a adaptação foi fácil, havendo hoje no Brasil sete milhões de libaneses e descendentes, o dobro dos 3,5 milhões de habitantes do Líbano. Estes laços reforçam muito a solidariedade'.


 


Agressão
De acordo com o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felício, 'o bombardeio indiscriminado feito por Israel contra a população civil palestina e libanesa explicitam uma política de terrorismo de Estado que agride o direito internacional e as mais elementares normas de convivência humana'.


 


Para João Felício, 'é um imperativo moral de todos os homens e mulheres de bem do planeta levantarem a voz contra a barbárie promovida pelas tropas de ocupação israelenses e em defesa das resoluções da ONU pelo reconhecimento do Estado Palestino e da autodeterminação dos povos, sem o que não haverá paz na região'. 'A CUT condena de forma veemente que a covarde punição coletiva seja utilizada pelo governo israelense como arma de guerra.'