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Esquerda de GO busca fim de alternância PSDB-PMDB no governo

Coligação Goiás na Frente, que une PCdoB, PT e PSB, coloca-se como opção à alternância de poder tradicional entre PSDB e PMDB no governo goiano. A frente terá Barbosa Neto (PSB) e Valdi Camárcio (PT) para governador e vice e Aldo Arantes (PCdoB) para o Se

Por Eliz Brandão, de Goiânia

Em Goiás, a discussão sobre as eleições começou com a tentativa de formar uma coligação com os partidos de esquerda. Vários encontros entre o PSB, PT, PDT, PV e PCdoB foram realizados na esperança de montar um amplo palanque para a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado. O prazo final da homologação das Convenções Partidárias fez com que o ritmo de definição da coligação se efetivasse. O galanteio do PMDB regional para atrair a Frente Alternativa foi bastante discutido entre os principais partidos políticos.


O senador Maguito Vilela se dispôs a apoiar a candidatura de Lula, mas a indecisão dos seus correligionários sobre o apoio à Coligação que indicava como vice-candidato ao governo um petista, gerou um desconforto entre alguns dirigentes do PMDB e do PT. Após longas conversas com os partidos da Frente, optou-se pelo desejo antigo de compor uma aliança entre o PSB, PT e PCdoB.




Definição das proporcionais




Na Convenção Eleitoral do PCdoB de Goiânia, no dia 20 de junho, ficou evidenciado esse desejo de retomada das discussões sobre a Frente. A Convenção Estadual, que ocorreu dia 25 de junho, delegou à Comissão Política o estudo e a aprovação de nomes para compor chapa a proporcional. De lá  saiu o nome do deputado estadual Fábio Tokarski para representar o estado na Câmara Federal. Para manter a cadeira na Assembléia Legislativa foram defendidos os nomes da professora Lúcia Rincon, de Goiânia; Ednon Cândido Vieira, de Itumbiara; Edimar da Silva, o “Piscão”, de Santa Helena de Goiás; Carlos Magno Fonseca, da Cidade Ocidental; Cléber de Souza Araújo, de Planaltina de Goiás; Gilmar, de Águas Lindas e Wilson Ferreira, de Aragarças. Em reunião da Comissão Política do comitê regional, saíram ainda mais três candidatos: os professores Fabrízio Ribeiro, de Anápolis; Antero Horácio; de Catalão e Ailma, de Goiânia.




A Coligação foi tomando corpo até a sua oficialização no Tribunal Regional Eleitoral após a Convenção Estadual do PSB, no dia 30. O lançamento da coligação Goiás na Frente – o novo nome da chapa Frente Alternativa – ocorreu em Goiânia, dia 12. “Essa frente representa um salto de qualidade, um projeto novo para Goiás que democratize o poder e melhore a vida de nosso povo”, disse Aldo Arantes, candidato do PCdoB ao Senado, durante o ato. Para ele, é essencial um esforço coletivo que garanta a vitória da coligação.




Goiás na Frente




A chapa, formada por PCdoB, PT e PSB, lançou os nomes de Barbosa Neto (PSB) e Valdi Camárcio (PT) para governador e vice e Aldo Arantes (PCdoB) candidato ao Senado.




A principal bandeira definida pela coligação é a de ser uma alternativa à bipolarização política que existe há anos no estado, buscando a descentralização da administração de Goiás, que se alternava entre PMDB e PSDB.




Outros seis candidatos concorrem às eleições ao governo neste ano: Maguito Vilela, da coligação Goiás Melhor para Todos, (PMDB, PDT, PTC, PSC e Prona); Alcides Rodrigues, da coligação Tempo Novo, (PSDB, PP, PL, PTB, PPS, PRP, PRTB, PHS, PV, PTdoB, PMN, PTN e PAN); Coronel Eurípedes (PSDC); Elias Vaz, da coligação PSOL, PCB e PSTU; Demóstenes Torres do PFL e o candidato do PSL, João Aguiar.




Intenções de voto


Os últimos resultados das pesquisas mostram que está aumentando ainda mais a possibilidade de haver segundo turno nas eleições do estado. A 7ª rodada da pesquisa Serpes, divulgada dia 10 de julho, aponta que pela primeira vez Maguito Vilela (PMDB) chega a menos de 50% das intenções de voto para o governo de Goiás. O governador Alcides Rodrigues (PP), candidato à reeleição, está com 19,4%, o senador Demóstenes Torres (PFL) ficou com 10,6%. Enquanto isso, o deputado federal Barbosa Neto (PSB), que se apresentou como candidato ao governo a poucos dias,  vem subindo nas intenções de voto, passando de 3,4% para 4%. O vereador Elias Vaz (PSOL) caiu de 1% para 0,8%. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 6 de julho com mil eleitores em todo o estado.


Gastos de campanha




Segundo estimativas de custo das coligações apresentadas ao TRE, o total da campanha eleitoral em Goiás poderá chegar a R$ 618,7 milhões. Candidato à reeleição, o governador Alcides Rodrigues (PP) estimou o teto mais elevado de gastos – R$ 16 milhões. Maguito Vilela vem logo a seguir com gastos previstos de R$ 15 milhões. Considerando-se os valores por coligação, a aliança liderada pelo governador também alcança o maior valor estimado: R$ 352,7 milhões. A cifra é quase quatro vezes maior que a projetada na eleição de 2002 – na qual o peemedebista foi derrotado no 1º turno – e 20 vezes superior ao declarado ao final daquela disputa.




A chapa Goiás na Frente prevê gastar até R$ 62,8 milhões com a campanha eleitoral deste ano, sendo que deste total, R$ 8 milhões devem ser gastos com a chapa majoritária e os R$ 54,8 milhões restantes com as candidaturas proporcionais.
 


Conheça abaixo os candidatos majoritário e proporcionais do PCdoB em Goiás:




Candidato ao Senado



Nome: Aldo Arantes
Idade: 66
Profissão: advogado
Onde atua: exerceu o mandato de deputado federal por 4 vezes; foi secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos no governo de Goiás até janeiro
Função no PCdoB: é presidente do PCdoB de Goiás
Quando ingressou no partido: 1972



Candidato a deputado federal



Nome: Fábio Tokarski
Idade: 49
Profissão: engenheiro civil
Onde atua: professor da Universidade Federal de Goiás; foi vereador em Goiânia por duas vezes
Função no PCdoB: é membro da direção do PCdoB/GO
Quando ingressou no partido: 1980



Candidatos a deputado estadual


Nome: Lucia Rincon
Idade: 53
Profissão: professora e historiadora
Onde atua: coordenou a Superintendência do Ensino Superior da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás (SECTEC)
Função no PCdoB: faz parte da Comissão Política do PCdoB em Goiás


Nome: Professora Ailma
Idade: 40
Profissão: pedagoga
Onde atua: é diretora da CUT
Função no PCdoB: dirigente da Corrente Sindical Classista e do PCdoB/GO




Nome: Professor Fabrízio
Idade: 33
Profissão: historiador
Onde atua: Ocupa o cargo de Diretor de Estudos e Pesquisa da Associação dos Gestores Governamentais do Estado de Goiás – AGESGGO, e é integrante da Diretoria da ONG ambientalista, a EPA-Barrus – Estudos e Pesquisas Ambientais Barrus – sediada em Anápolis.
 


Nome: Professor Wilson
Idade: 46
Profissão: professor
Onde atua: é vereador em Aragarças
Função no PCdoB: é membro do comitê estadual




Nome: Carlos Magno
Idade: 40
Ocupação: motorista  
Onde atua: foi presidente da Federação das Associações de Moradores e Inquilinos de Brasília e Região do Entorno – FAMIBRE;  implantou o Programa Segundo Tempo em sua comunidade, que atende mais de 200 crianças
Função no PCdoB: É presidente do PCdoB da Cidade Ocidental, GO.




Nome: Edimar (Piscão)
Idade: 34
Ocupação: cabeleireiro e barbeiro
Onde atua: atua na área educacional com trabalhadores rurais
Quando ingressou no partido: 1998


 


Nome: Ednon (Fio)
Idade: 40
Profissão: comerciante
Onde atua: já foi candidato a vereador e hoje atua em seu próprio negócio
Quando ingressou no partido: 2005




Nome: Gilmar Saggioro
Idade: 48
Profissão: técnico em mecânica e técnico em segurança do trabalho
Onde atua: é líder comunitário e presidente da Associação de Moradores do Jardim Guaíra.
Quando ingressou no partido: 2003





Nome: Cleber de Souza Araújo
Idade: 30
Profissão: agricultor
Onde atua: movimentos sindical e popular; participa das lutas dos assentamentos pela reforma agrária
Quando ingressou no partido: 2003




Nome: Antero (Baloia)
Idade: 46
Profissão: professor de química
Onde atua: dá aulas na rede estadual e, como membro do Sintego,  participou ativamente de todas as manifestações da categoria
Função no PCdoB: foi presidente do partido por quatro mandatos em Anápolis
Quando ingressou no partido: 1990