Campanha em BH informa sobre doença que mais mata no país

Esta sexta-feira é o Dia Nacional do Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. Para informar as pessoas sobre a doença, a Sociedade Brasileira de Neurologia promoveu, em um shopping do Centro da de Belo Horizonte, a campanha “

O aposentado João Damásio Alves, de 74 anos, teve sorte quando sofreu um AVC, no ano passado. Ele estava em casa e começou a sentir o corpo paralisar. Foi a filha dele quem prestou os primeiros-socorros. Quando soube da campanha, foi logo buscar mais orientações sobre as seqüelas. “Os movimentos da minha perna esquerda ficaram limitados. Tenho dificuldades em fazer a caminhada que o médico orientou”, diz.


Fátima Resende, de 48 anos, foi outra que obteve informações através da campanha. Ela afirma que tem muito medo da doença porque tem predisposições para o AVC. “A gente não consegue orientação nos postos de saúde e não consegue médico especializado no SUS”, explica.


Já o treinador físico Altamiro Souza, de 46 anos, foi atrás de informações para lidar com os seus pacientes que já tiveram a doença. “É um grande desafio para aqueles que já tiveram que fazer atividades físicas e também para mim, como treinador”, ressalta.


Detalhes da doença


O Acidente Vascular Cerebral é a segunda causa de morte mais comum em todo o planeta. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, 15 milhões de pessoas têm AVC no mundo, sendo que destes, 5 milhões morrem e outros 5 milhões sofrem danos duradouros.


Os sintomas mais comuns da doença são fraqueza ou dormência na face, braços e pernas, geralmente afetando apenas um dos lados do corpo; dificuldade para articular as palavras ou compreender o que se diz; dificuldade súbita e transitória de enxergar com um ou ambos os olhos; dificuldade de caminhar; tontura; perda do equilíbrio ou da coordenação; e dor de cabeça súbita e intensa sem nenhuma causa conhecida.


A Sociedade Brasileira de Neurologia afirma que boa parte das mortes e seqüelas poderia ser evitada se, além dos profissionais de saúde, a população leiga estivesse preparada para reconhecer os sintomas iniciais do derrame e procurar rapidamente auxílio médico. Acidentes tratados em menos de 90 minutos aumentam as chances de recuperar as funções cerebrais dos pacientes.


Para se evitar a doença, as pessoas devem levar uma vida saudável. É recomendável não fumar, controlar a hipertensão, que pode reduzir em 50% o risco, a diabetes e o colesterol.


Fonte: Estaminas