Peru: Toledo encerra mandato com 33% de popularidade

O presidente do Peru, Alejando Toledo, deixa o cargo nesta sexta-feira com uma aprovação bem maior do que a que teve durante a maior parte dos seus cinco anos de governo. De acordo com um levantamento do Instituto Apoyo, Toledo tem uma aprovação de 33% na

Na maior parte do governo, Toledo teve uma aprovação em torno de 10%, com índices de apenas 7% nos piores momentos – inclusive na época da visita oficial do presidente Lula, em agosto de 2003.



Imagem pessoal



O controle do terrorismo, a liberdade de expressão e as expectativas em relação ao futuro são os aspectos que mais melhoraram nos últimos anos, de acordo com as pesquisas. Mas os peruanos acham que o país teve uma piora na redução da pobreza, no controle da corrupção, da violência e no desempenho do Poder Judiciário.



O Judiciário é aprovado por apenas 13% dos entrevistados, enquanto o Congresso satisfaz apenas 12% dos peruanos ouvidos na pesquisa.



Durante a maior parte de seu governo, a baixa popularidade de Toledo era creditada ao desgaste de sua imagem pessoal, com o envolvimento de parentes em suspeitas de corrupção, a antipatia dos peruanos por sua mulher, Eliane Karp, e também à inabilidade do governo em comunicar os bons indicadores macroeconômicos dos últimos anos.



Desemprego



Toledo deixa o governo com indicadores econômicos positivos: a economia peruana cresceu 5,2% em 2004 e 6,4% no ano passado.



A previsão da Cepal, divulgada esta semana, estima um crescimento de 5% para a América Latina e de 5,8% para o Peru, mas o índice de desemprego na região metropolitana de Lima, que era de 9,7% em 2002, subiu para 10,3% no ano passado e somente este ano deve cair para 9,3%.



Nas ruas, as pessoas reclamam que o bom desempenho da economia não se converte em melhora do nível de renda e não é percebido no dia-a-dia das pessoas.