Penélope Cruz se diz “à esquerda”, detona Buh e apóia Iraque

Hollywood tem mais um artista na oposição a George W. Bush e à política imperialista dos Estados Unidos. É a atriz espanhola Penélope Cruz, que condenou, nesta segunda-feira (07/8), o presidente americano, por suas políticas no Oriente Médio.

Protagonista de filmes como “Vanilla Sky” e “Sahara”, Penélope, de 32 anos, afirmou que sua postura política “gira à esquerda”. A atriz se diz contrária à invasão e à ocupação americana do Iraque,  declarando-se cansada das medidas e ações que Bush vem tomando no Oriente Médio.


 


“Me agradam muitas coisas sobre o premiê (espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero). Mas não me agradam em absoluto (as de Bush)”, enfatizou. “Sempre estive contra as guerras, mas fiquei muito mal especialmente com a invasão do Iraque. A cada dia morrem 60 ou 80 pessoas lá”.


 


Para Penélope Cruz, é “aterrorizante” pensar sobre o que acontecerá no mundo dentro de alguns séculos. “Quando penso como será nosso mundo no futuro, me dá muito medo. Estamos chegando a um ponto em que a guerra significa algo diferente, algo muito mais aterrador que antes”, afirmou.


 


Onda progressista
Em Hollywood, as reações contra Bush vêm crescendo neste ano, indo muito além de diretores como Michael Moore. Desde 4 de julho, quando a ativista Cindy Sheehan iniciou greve de fome contra a ocupação do Iraque, diversos artistas manifestaram solidariedade.


 


O jejum teve apoio de celebridades como o veterano comediante e pacifista Dick Gregory, a coronel da reserva Ann Wright e a ambientalista Diane Wilson. Outros participantes – entre eles a romancista Alice Walker, o cantor Willie Nelson e os atores Sean Penn, Susan Sarandon e Danny Glover – fizeram greve temporária, em que 2.700 ativistas vão se comprometer a não ingerir alimentos por pelo menos 24 horas.


 


Para Cindy, o jejum é um passo natural na luta contra a guerra: “Fizemos passeatas, vigílias, fomos ao Congresso, acampamos em frente ao rancho de Bush – e até fomos à prisão. Agora é hora de fazer mais”, declarou a ativista, às vésperas de ter inicado o jejum.