Itaú estreita ligação com o Bank of America
O Banco Itaú anunciou ter comprado as operações do BankBoston no Chile e no Uruguai, numa operação cujo valor totalizou R$ 1,3 bilhão. Na verdade, 99,8% da “compra” assumiu a forma de repasse de ações do Itaú ao Bank of America. Este, que é proprietário d
Publicado 09/08/2006 15:28
A operação chileno-uruguaia se segue a outra, em 2 de maio último, em que o Itaú adquiriu o BankBoston do Brasil, por cerca de US$ 2,2 bilhões. O valor foi pago na forma de ações preferenciais do próprio Itaú ao Bank of America. A transação também correspondeu a um passo do banco em direção ao mercado internacional, em particular o dos Estados Unidos.
Segundo o Itaú, em 30 de junho, o BankBoston Chile ocupava o 12º lugar no ranking local por total de ativos. Na mesma data, as operações no Uruguai estavam em terceiro lugar no ranking dos bancos privados do país. No Brasil, o Itaú permanece como o segundo maior banco privado, atrás do Bradesco, embora tendo elevado seus lucros do primeiro semestre em 19,5% sobre o mesmo período de 2005.
Os ativos combinados do Itaú com o BankBoston no Brasil, Chile e Uruguai chegam a R$ 203,32 bilhões, com um patrimônio líquido total de R$ 20,747 bilhões, já descontada a amortização do ágio total do negócio. A compra das operações no Uruguai envolve também a administradora local de cartões de débito e crédito OCA. Segundo o banco brasileiro, trata-se da maior emissora de cartões de crédito do país vizinho, com cerca de 50% de participação no mercado.
O comunicado informa ainda que o Itaú passará a contar com 3.363 agências e postos de atendimento, somando-se as atuais 3.202 com as do Boston no Brasil, Chile e Uruguai, além das da OCA. O total de clientes deverá subir de 17,224 milhões para 18,135 milhões, enquanto o número de funcionários passará de 53.277 para 60.327.
O Itaú informa, num comunicado em conjunto com a Itausa, que a compra está sujeita à aprovação das autoridades concorrenciais dos três países. A participação estrangeira no sistema bancário brasileiro, antes proibida pela lei, foi liberada a partir do segundo governo Fernando Henrique Cardoso e assumiu mais de uma forma: a mais evidente foi a compra de bancos brasileiros, como o Banespa, que ao ser privatizado foi adquirido pelo espanhol Santander; mas também a participação minoritária em bancos brasileiros, como no caso Bank of America-Itau.
Com agências