Tucano quer associar corrupção à Lula para crescer nas pesquisas

Os tucanos vão insistir na tentativa de ''colar'' a corrupção ao governo Lula, como forma de tentar recuperar posição nas pesquisas de intenção de voto. A decisão foi tomada na reunião do conselho político da campanha do candidato tucano, Geraldo Alckm

O próprio candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República anunciou, ao final da reunião, a criação de programa de combate à corrupção no governo federal e de desburocratização da máquina do Estado. O programa será lançado na próxima semana.


 


Com relação às pesquisas eleitorais, Alckmin, que caiu sete pontos percentuais nas intenções de voto, disse que os últimos resultados são pequenas oscilações normais e acredita que o jogo eleitoral começará na semana que vem, com o programa eleitoral gratuito, que vai ao ar a partir do dia 15.


 


Na avaliação do candidato tucano, os escândalos do mensalão e das sanguessugas não são isolados e já começam a atingir vários ministérios. ''Não existem casos isolados de corrupção. Ela perpassa por vários ministérios. Agora é a compra de ônibus para inserção digital'', disse.


 


O líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que Alckmin e seus aliados vão comparar Lula de 2002, que tinha como principal bandeira a ética, e o de agora.


 


Tentativa inútil


 


A tentativa da oposição de associar o nome do Presidente Lula aos casos de corrupção esbarra nas ações do governo federal para combater a corrupção no Brasil. Os auxiliares e partidários da candidatura Lula destacam as ações desenvolvidas pela Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal, Ministério Público e Ministério da Justiça, que tem permitido a descoberta dos casos de corrupção.


 


''O governo Lula deu total independência ao Ministério Público, reforçou a CGU e deu uma nova dinâmica à Polícia Federal'', lembram, acrescentando que ''Graças aos investimentos na Polícia Federal durante o governo atual, a instituição descobriu vários esquemas de corrupção com o dinheiro público.


 


Desde 2003, a PF realizou 75 operações relativas à corrupção. Dessas, só nove das quadrilhas começaram a agir durante o seu governo. As demais 66 eram anteriores, sendo que 61 quadrilhas começaram a atuar na época de FHC. Ou seja, as redes de corrupção não proliferaram no atual governo, fazendo parte da herança maldita''.


 


As ações da Polícia Federal no combate ao crime cresceram 815% entre 2000 e 2005. Nos dois últimos anos da gestão FHC, foram realizadas apenas 20 operações, com a prisão de 54 pessoas – uma média de 27 capturas por ano.


 


Durante o governo Lula, a Polícia Federal realizou 183 operações e 2.961 prisões – uma média de 987 presos por ano. Nas ações específicas de combate à corrupção, foram presas 1.300 pessoas, entre elas, 515 servidores públicos e 130 agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.


 


Com agências