Cidades sul-americanas combatem violência contra a mulher

Santiago do Chile, Rosário (Argentina) e Bogotá (Colômbia) decidiram unir esforços contra a violência de gênero através do projeto regional “Cidades sem violência para as mulheres, cidades seguras para todos”. O projeto é executado pelo Fundo das Nações U

Segundo informações da imprensa chilena, o projeto tem como objetivo evidenciar as cifras de violência de gênero na região, a maioria pouco específicas e sub-representadas. Além de influir nas políticas públicas e de segurança, fortalecer o exercício dos direitos cidadãos das mulheres e reduzir a violência pública e privada, que se exerce contra elas nas cidades.


 
Na maioria dos países da América Latina existe um sub-registro nas estatísticas de violência intrafamiliar. Isso se deve, principalmente, ao fato de que não há estatísticas separadas por sexo, o que impede ter uma radiografia real da situação. O que as organizações sociais sabem claramente é que as denúncias não dão conta dos casos.


 
Na Argentina, por exemplo, do total de vítimas (desde 2002 até agora) denunciado por delitos contra a integridade sexual e a honra (7.742), 83% foram mulheres. No Chile, por ano morrem 70 mulheres por violência doméstica. No caso da Colômbia, entre julho de 1996 e junho de 2004, perderam a vida mais de duas mil mulheres por causa da violência sócio-política.


 
Só em Bogotá, em 2004, foram recebidos 54.304 casos de violência intrafamiliar, dos quais em 74% as vítimas eram mulheres. Nos primeiros seis meses de 2005 foram recebidos 28.826 casos. E aumenta a prevalência das mulheres vítimas: em 2005, 78% das atendidas eram mulheres, mas há algumas localidades nas quais este índice sobe para 80%.