Artistas de diferentes áreas manifestam apoio a Lula

Mais de 100 artistas das mais diversas categorias manifestaram o seu apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro realizado esta noite (21), na casa do ministro da Cultura, Gilberto Gil, no Rio de Janeiro. O clima foi info



Boa parte do encontro foi dedicada ao debate sobre a política cultural do governo Lula, com os artistas manifestando o seu apoio à democratização da produção e do acesso à cultura. “O Minc finalmente deixou de ser um ministério de burocratas para se tornar um ministério de artistas”, destacou o ator Sérgio Mamberti. Já o teatrólogo Augusto Boal ressaltou a criação dos Pontos de Cultura, através do qual o governo distribui aparelhos multimídia para que comunidades registrem as suas atividades culturais. “O povo agora também é artista e pode fazer a sua própria arte”, afirmou.




A cantora Leci Brandão destacou o apoio do governo Lula à população negra, traduzida em ações como a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a regularização fundiária de comunidades quilombolas e o ProUni. O ator Tônico Pereira, por sua vez, foi direto: “O povo está fechado com Lula. E eu fecho também”. 




A cantora Alcione, a atriz Tássia Camargo, o produtor cinematográfico Luiz Carlos Barreto e o cartunista Aroeira foram outros artistas que manifestaram o seu apoio tanto à política cultural do governo quanto à reeleição de Lula.




Na sua fala, Lula relembrou que o seu primeiro contato com a classe artística brasileira aconteceu em 1985, quando arregimentava apoios para a campanha das Diretas Já. E destacou que, no seu governo, a cultura passou por um vigoroso processo de valorização, que incluiu desde a criação de programas específicos até o aumento do orçamento do Ministério da Cultura e a ampliação dos recursos liberados através das leis de incentivo fiscal.




Mas Lula falou principalmente sobre o processo de mudanças em curso no Brasil, viabilizado após muito trabalho. “Quando assumi o governo, o Brasil parecia uma casa semi-abandonada. Sei que as pessoas estavam ansiosas por mudanças rápidas, mas não foi fácil arrumar uma casa onde o risco-país batia recordes, a inflação crescia e o orçamento era limitado por dívidas e restos a pagar a dívidas”.




Lula lembrou também que muitas áreas essenciais para o país estavam totalmente desestruturadas. “O Incra e o Ibama estavam desfalcados de técnicos, de gente pra trabalhar”. Hoje, depois de realizar concursos nessas duas áreas, os resultados já aparecem. “Não foi por acaso que, nesse governo, o desmatamento na Amazônia foi reduzido em 31%”, exemplificou. 




Para Lula, o governo já fez o mais difícil e, devido à conquista da estabilidade econômica e da eficiência dos programas sociais em curso, “o Brasil tem tudo para crescer de forma excepcional nos próximos quatro anos. E nós temos tudo para fazer um segundo governo melhor que o primeiro”. Segundo ele, é exatamente isso o que mais incomoda os seus opositores. Lula disse que, assim como Getúlio Vargas e JK, ele é atacado por governar para o povo e não para as elites. “Eles (a oposição) só não contavam com a reação do povo”.




Rebatendo a crítica de que criou ministérios desnecessários, Lula desafiou a oposição a apontar quais seriam esses ministérios e, num dos momentos mais aplaudidos do encontro, afirmou: “O Brasil tem uma diversidade enorme. Não dava para continuar misturando esporte e turismo num mesmo ministério. Não dava para não ter secretarias especiais de promoção da igualdade racial e dos direitos da mulher. O governo do Brasil tem que refletir a pluralidade do Brasil”.




No final, em um momento de grande emoção, Lula chamou Wagner Tiso para o seu lado e agradeceu o apoio que o músico mineiro manifestou ao seu nome, durante uma entrevista para o jornal O Globo, no auge da crise política.




O encontro reuniu artistas de cinema, teatro, moda, televisão e música. Entre outros, Marcos Winter, Sandra de Sá, Paulo Betti, Luiza Brunet, José de Abreu, Letícia Sabatella, Rosemary, Jorge Mautner, DJ Marlboro, Jards Macalé, Amir Haddad e Sérgio Machado. Também marcaram presença a ex-ministra Benedita da Silva e os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência).


 


Fonte: www.lulapresidente.org.br